I SÉRIE — NÚMERO 21
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Aplausos do PS.
Peço desculpa por alterar a ordem pela qual os assuntos são debatidos. Não tive oportunidade de o fazer
antes. Mas acredito, cada vez mais, que precisamos de combater o populismo através do esclarecimento.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Muito obrigado, Srs. Deputados. A próxima sessão plenária terá lugar no próximo dia 23 de novembro, segunda-feira, pelas 10 horas, com a
seguinte ordem de trabalhos: em primeiro lugar, faremos a discussão das normas avocadas, cabendo 5 minutos
ao Governo e a cada grupo parlamentar e aos DURP (Deputados Únicos Representantes de Partido); em
segundo lugar, procederemos à votação das normas avocadas; e, em terceiro lugar, continuaremos a discussão,
na especialidade, das Propostas de Lei n.os 60/XIV/2.ª (GOV) — Aprova a Lei das Grandes Opções para 2021-
2023 e 61/XIV/2.ª (GOV) — Aprova o Orçamento do Estado para 2021.
Srs. Deputados, por hoje, damos os nossos trabalhos por terminados e desejamos um bom trabalho, durante
a tarde, para os nossos colegas na Comissão de Orçamento e Finanças.
Está encerrada a sessão.
Eram 13 horas e 16 minutos.
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Declarações de voto enviadas à Mesa para publicação
Relativas à renovação da declaração do estado de emergência:
Declaração de voto individual no debate do 5.º estado de emergência.
O CDS depois de ter votado favoravelmente os anteriores quatro estados de emergência, nesta votação
alterou o seu voto para a abstenção. Nas votações de estado de emergência foi sempre entendido pelo Partido
dar prioridade à questão sanitária.
Ao definir a sua votação como abstenção, de acordo com indicação expressa por parte do órgão competente
que é a Direção do Partido o CDS valorizou, nesta votação, a forma como o Governo agiu sem transparência
ao não comunicar aos Partidos e ao Parlamento as suas medidas; a adoção de medidas iníquas no anterior
estado de emergência e a falta de coerência do próprio Governo.
Ou seja, o CDS optou pela abstenção não deixando de concordar com o estado de emergência proposto
pelo Presidente da República, mas discordando da atuação do Governo.
Na minha opinião, o estado de emergência neste contexto de agravamento pandémico, com número de
infetados a rondar os 7 mil e um número de óbitos crescente é de uma necessidade absoluta. Não existe outra
forma de quebrar cadeias de contágio e travar a evolução da pandemia e esse é o aspeto prioritário. Sendo que
alertamos desde o início para a necessidade de medidas robustas para fazer face às dificuldades da economia,
designadamente da restauração do pequeno comércio e dos serviços.
Assim sendo, teria preferido o voto favorável mantendo a estabilidade da posição do CDS. Posição em que,
não colocando em nada em causa nem a competência nem a legitimidade de quem definiu a orientação de voto,
verifiquei com tranquilidade pessoal ser acompanhada pelos últimos seis líderes parlamentares do CDS.
Se o Governo podia e devia ter partilhado as suas intenções e os contornos das suas medidas, ainda assim,
negar a um Governo, por errático que ele seja (mas não há outro) a possibilidade de tomar medidas seria
irresponsável. Não foi essa a posição do CDS e por isso conformei a minha posição com a indicação de voto no
sentido da abstenção, independentemente da minha preferência.
A resposta à pandemia exige firmeza e um consenso nacional de fundo. Compete ao Governo mantê-lo e
espero que tenha sido a última vez em que votamos um estado de emergência sem se saber, primeiro, quais os
contornos das medidas e as opções do Governo.