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26 DE NOVEMBRO DE 2020

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de alguns consulados estarem encerrados. Não se admite que sejam abertos procedimentos concursais num

conjunto de países onde são oferecidos salários abaixo do salário mínimo e abaixo do custo de vida.

Esta situação afigura-se como grave e de resolução urgente. Estes trabalhadores representam o Estado

português e devem ser tratados com a devida dignidade, sendo o elo de contacto essencial da diáspora.

O reforço destes serviços, a proteção social e as reformas, a valorização remuneratória, cambial e da carreira

são reivindicações justas e urgentes às quais importa dar resposta.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Srs. Deputados, passamos à proposta, apresentada pela Deputada não inscrita Cristina Rodrigues, de um artigo 265.º-A — Aditamento à Lei n.º 2/2020, de 31 de março, que aprova

o Orçamento do Estado para 2020.

Tem a palavra a Sr.ª Deputada Maria Manuel Rola.

A Sr.ª Maria Manuel Rola (BE): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, a inércia deste Governo no combate à especulação imobiliária mantém-se: ainda não alterou a lei dos vistos gold,

ainda não regulamentou a lei de combate ao assédio imobiliário e nem os mínimos tem vindo a cumprir.

E, agora, quando temos a maior crise que o setor lojista já viu, o Governo vai empurrando com a barriga as

respostas que deveriam baixar rendas especulativas e que, abusivamente, mantêm o rentismo que afunda a

economia. Já o imobiliário continua a ser um dos setores menos afetados e, mais uma vez, a inércia é gritante.

Não existiu disponibilidade, nem da direita, nem do PS, para sequer discutir um regime extraordinário,

apresentado pelo Bloco de Esquerda em julho, de redução de rendas para lojas, para o retalho, para a

restauração, para os casos que registaram perdas de faturação.

Quis o Governo e o Partido Socialista, mais uma vez, fazer pelos mínimos sem assumir a responsabilidade

dos valores altíssimos que afundam agora as pequenas e médias empresas. Pois bem, o resultado está agora

à vista: uma crise máxima à nossa porta, literalmente.

O Governo, com respostas remendadas, tem acrescentado crise à crise. Ora, está na hora de começar a

combatê-la!

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Passamos à proposta, apresentada pelo PSD, de um artigo 265.º-A — Alteração ao Decreto-Lei n.º 111/2011, de 28 de novembro, que sujeita os lanços e os sublanços das

autoestradas SCUT (sem custos para o utilizador) do Algarve, da Beira Interior, do Interior Norte, da Beira Litoral

e da Beira Alta ao regime de cobrança de taxa de portagem aos utilizadores.

Tem a palavra ao Sr. Deputado Carlos Peixoto.

O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Temos hoje uma oportunidade de ouro para sermos justos com o interior do País e também com o Algarve.

Agora, ninguém mais pode dar qualquer tipo de desculpa, porque, a partir de hoje, ou é ou não é, ou sim ou

sopas, ou queremos equilibrar o território ou não queremos.

O que o PSD propõe é uma redução das taxas de portagem das ex-SCUT de 50% para veículos de

combustão e de 75% para carros elétricos. Falo não só por imperativos de coesão territorial, o que já seriam,

aliás, razões de sobra,…

Protestos do Deputado do PS Hugo Costa.

… mas porque, sendo os portugueses todos iguais, não podem uns ser mais iguais do que outros e não

podem uns ser lembrados e outros esquecidos.

O Governo reduziu — e muito bem — o preço dos passes sociais para que as pessoas tivessem mais

mobilidade, mas, como todos sabemos, estas medidas, que custaram 180 milhões de euros, tiveram verdadeiros

impactos em Lisboa e no Porto e no resto do País não se sentiu absolutamente nada.