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I SÉRIE — NÚMERO 24

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Simplex», que envolvia até uma vaca com asas, em que esta era uma das medidas apresentadas em 2016.

Portanto, eu suponho que, em 2020, no meio de uma pandemia, não será pedir demais que a medida já existisse.

No mais, eu gostava de o lembrar que, sim, quando estivemos no Governo fizemos uma simplificação e uma

reforma do IRC que o Governo atirou para o caixote do lixo, portanto não é verdade que nada tenha sido feito.

A verdade é que o PS atirou para o caixote do lixo essa reforma do IRC que muito teria feito pelas empresas

portuguesas.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado André Ventura, do Chega.

O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Presidente, Sr. Secretário de Estado, o senhor não deixa de nos surpreender, aliás, o seu Governo, nesta matéria, não deixa de nos surpreender.

Ontem, sobre este ponto, um dos Srs. Secretários de Estado dizia que não era verdade que tenha aumentado

a dívida aos privados e aos fornecedores, porque, de 2009 para 2020, diminuiu. Isso é verdade, Sr. Secretário

de Estado, mas, de 2013 a 2019, aumentou e muito, de 2015 a 2019, aumentou vários milhões e, nesse período,

o Governo foi, maioritariamente, liderado pelo Partido Socialista.

Mas, Sr. Secretário de Estado, não é só a questão do valor, é a questão do tempo médio de pagamento, que

quase que duplicou em relação aos fornecedores e aos privados!

Por isso, o Governo não pode dizer que está tudo melhor e que estamos a avançar no bom caminho. É muito

injusto dizer — como ainda hoje ficou aqui bem claro — que este Parlamento faz retórica sobre as dívidas aos

fornecedores quando tem hoje uma proposta concreta que não resolve tudo, mas dá um passo e faz uma justiça

fundamental a quem o Estado não pagou, a quem tem dívidas ao Estado, sendo a forma mais simples de se

resolver através de uma compensação de créditos. Aliás, é por isso que se chama «compensação de créditos».

O Sr. Presidente: — Continua no uso da palavra o Sr. Secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais.

O Sr. Secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais: — Sr. Deputado André Ventura, o senhor é um caso perdido relativamente à verdade e, por isso, eu não vou perder tempo a desmentir aquilo que o senhor

disse, porque aquilo que o senhor disse é mentira e ponto final.

Aplausos do PS.

Sr.ª Deputada Cecília Meireles, deixe-me dizer-lhe que aquilo que a Sr.ª Deputada diz que nós deitámos para

o lixo foi o seguinte: nós baixámos o IRS para as famílias e não continuámos a baixar o IRC para as empresas.

Essa foi uma opção que tomámos, sendo que a Sr.ª Deputada está contra e repetidamente aqui o afirma.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — O IRS já estava a baixar!

O Sr. Secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais: — Agora, Sr.ª Deputada, apenas para clareza do debate porque a Sr.ª Deputada, ao contrário do orador que lhe sucedeu, é rigorosa e gosta de factos

concretos, digo-lhe o seguinte: em 2016, nós implementámos a conta corrente com dívidas não fiscais. No

entanto, ficou limitado — está aqui admitido que ficou limitado — «(…) às dividas reconhecidas por sentença

transitada em julgado…», que são as únicas que são créditos exigíveis para efeitos da administração fiscal. Isto,

Sr.ª Deputada, complementa a falha que a Sr.ª Deputada tinha no fim da intervenção e, seguramente,

corresponde à sua expectativa.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Ainda neste ponto, tem a palavra o Sr. Deputado André Ventura.

O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Presidente, queria só recordar ao Sr. Secretário de Estado que tem uma relação com a verdade certamente melhor do que a minha…