I SÉRIE — NÚMERO 40
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O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Não gosta?!
A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — Eu sei que a resposta da direita não era a de termos mais 8000 profissionais de saúde, era a de termos menos uns tantos;…
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Que disparate!
A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — … não era a de termos mais testagem, era a de termos menos uns tantos;…
Aplausos do PS.
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Isso é ridículo!
A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — … não era a de apostar no Serviço Nacional de Saúde e que este pudesse ter a complementaridade dos profissionais de saúde privados ou do setor social.
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Que disparate! Há que ter noção do momento que estamos a viver!
A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — A verdade, Sr.as e Srs. Deputados, é que, se os números nos impressionam, eles dão-nos a determinação para continuarmos o combate e o reforço do Serviço Nacional
de Saúde a fim de garantir que todos os portugueses têm direito ao tratamento.
Se fizemos este combate para responder à emergência sanitária, também o fizemos para responder não só
àquilo que foi a necessidade de um primeiro confinamento e de um segundo confinamento, com que somos
confrontados agora, mas também à emergência económica. Julgo que vale a pena aqui sublinhar o esforço
titânico que o Governo teve de fazer para que se pudesse injetar na economia portuguesa, nos últimos meses,
29 000 milhões de euros para as pequenas e médias empresas, para os vários setores,…
Aplausos do PS.
… de modo a não asfixiarmos a economia e a garantir que, apesar de tudo, as coisas correm bem.
Foi por isso que o Governo garantiu, desde o início, com o apoio de várias bancadas, mas, em particular,
do Partido Socialista, que o layoff deixasse de ser a 66% e pudesse ser a 100%, porque, para nós, socialistas,
é essencial que as pessoas possam manter o seu posto de trabalho e os seus rendimentos.
Por isso, respondemos à emergência social e, se o fizemos, foi porque não ignorámos que as
desigualdades se tornaram mais gritantes e que precisavam de uma resposta, e essa resposta só poderia ser
dada por mais proteção social, pela extensão do subsídio de desemprego, pelo reforço do subsídio social de
desemprego, pela criação de uma nova prestação social. Este, Sr.as e Srs. Deputados, não é o combate dos
voluntários por um dia para fazer política no outro,…
Vozes do PS: — Muito bem!
A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — … não é o combate de 170 pessoas num jantar, sem o mínimo de distância, para no outro dia estarmos a chorar «lágrimas de crocodilo» pelas mortes.
Aplausos do PS.
Protestos do Deputado do CDS-PP João Pinho de Almeida.
Este é um combate de todos — de todos! — e que requer a solidariedade de todos.