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20 DE JANEIRO DE 2021

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O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr. Presidente, concluo já. É disso que o País precisa, de um Primeiro-Ministro presente, que lidere e atue no momento em que é

preciso.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para responder, o Sr. Primeiro-Ministro, António Costa.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Adão Silva, quem me dera que a única dúvida que eu tivesse na minha consciência fosse a de saber se deveria falar aos portugueses no domingo à noite ou

reunir o Conselho de Ministros na segunda-feira à hora de almoço.

O Sr. Adão Silva (PSD): — As duas coisas!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Quem me dera que essa fosse a única dúvida na minha consciência! Quanto ao mais, tem razão, não cumprimos os objetivos. Distribuímos, até agora, 100 000 computadores,

que cobriram todos os alunos dos escalões A e B, e temos já adjudicados os 350 000 computadores restantes.

Há pouco expressei-me mal. Disse que íamos começar a campanha dos testes de antigénio porque agora

o vamos fazer de uma forma sistemática e como campanha, mas, felizmente, já temos feito testes de

antigénio.

Sr. Deputado, posso dizer-lhe que o Sr. Presidente da República já promulgou o nosso decreto-lei, que

será publicado ainda hoje e entrará em vigor às 0 horas de amanhã.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra a Sr.ª Deputada Catarina Martins, do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda.

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, permita-me que comece por dar nota da enorme preocupação pelo número de pessoas infetadas no País, pelo número de mortos — hoje, 218! — e

é bom não naturalizarmos o que está a acontecer.

Queria expressar o meu pesar por todas as vidas que se perderam prematuramente por causa da COVID,

bem como um enorme agradecimento para com os profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que

têm sido incansáveis, e também para com os trabalhadores dos lares e de todos os serviços essenciais, da

segurança, dos transportes, da limpeza, aqueles que garantem que não falta nada nas prateleiras dos

supermercados, aqueles que estão todos os dias nas escolas, aqueles que todos os dias fazem com que não

falte nada ao País em circunstâncias tão difíceis.

Temos de pensar em quem está a assegurar o País e de ter a enorme humildade de compreender a

dificuldade que vivemos.

Sr.as e Srs. Deputados, tivemos divergências, nos vários momentos — e a democracia não para! —, sobre

o que fazer, mas é uma imensa hipocrisia tentarmos atirar culpas de um lado para o outro, como se alguém

aqui tivesse uma solução milagrosa para o que está a acontecer.

Vozes do PSD: — Oh!…

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Isso não aconteceu. Temos divergências? Sim. Devemos debatê-las? Sim. E assim farei. Mas o que a responsabilidade nos

pede neste momento não é o passa-culpas, mas sim o debater das soluções. Esta situação é, seguramente,

das mais graves que já vivemos e a nossa solidariedade para com as famílias, para com quem perdeu os seus

entes queridos, para com quem está doente, para com quem está na linha da frente é no sentido de discutir

soluções de uma forma clara e da forma solidária como o País tem de enfrentar esta pandemia.