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I SÉRIE — NÚMERO 42

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criar instrumentos que protejam o mais possível os operadores comunitários e neutralizem os efeitos desta

legislação a nível europeu.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — A próxima intervenção cabe ao Grupo Parlamentar do CDS, pelo que tem a palavra o Sr. Deputado João Gonçalves Pereira.

O Sr. João Gonçalves Pereira (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Secretários de Estado, Sr.as e Srs. Deputados: Vou começar por responder ao apelo do Sr. Deputado do Partido Comunista.

Sabe, Sr. Deputado, ouvi aqui a intervenção do Sr. Secretário de Estado, que leu uma espécie de nota técnica

— bem lida! — que explicava, no fundo, o que está aqui em apreciação. Depois ouvi aqui a Sr.ª Deputada do

PSD, que também fez uma explanação bem feita, e explicou exatamente aquilo que está aqui em causa.

Ora, estava aqui sentado e pensei: «será que vale a pena fazer uma intervenção, tendo em conta as

explicações que aqui foram dadas, quer pelo Sr. Secretário de Estado, quer pela Sr.ª Deputada?». E estava

expectante para ver a reação da bancada da esquerda, designadamente do Partido Comunista.

O que é que todos esperávamos? Esperávamos logo, como é evidente, a defesa de Cuba, a cartilha, a

cassete antiamericana. Mas, Sr. Deputado, registei que isso não era nada de novo, não nos surpreendia.

Obrigava-nos assim a fazer uma intervenção, claro que sim, a dizer que, claramente, os senhores ainda

acreditam num mundo que já não existe, um mundo que não funciona.

Mas há uma evolução na intervenção do PCP, porque o que está em causa não são sanções apenas a Cuba,

são sanções ao Irão, são sanções à Rússia. E porque é que o Sr. Deputado não fez referência, neste particular,

em relação à Rússia, por exemplo?

Houve aqui alguma evolução do Partido Comunista, houve alguma decisão do Comité Central de que não

nos tenhamos apercebido? Eventualmente, sim. Eventualmente, aconteceu algo relativamente a isso.

É verdade, Sr. Deputado, que tinha aqui umas notas relativamente ao regime sancionatório para a violação

dos deveres de informação, sobre a criação de uma sanção para quem viola a imposição de não cumprir, direta

ou indiretamente, uma exigência e uma obrigação que se baseia na legislação que aqui está em causa, sobre o

exagero que existe nas coimas, entre os 3000 e os 30 000, entre os 5000 e os 100 000, para infrações que são

praticadas, seja por pessoas singulares, seja por empresas.

Mas, mais do que a aposta que há na aplicação das coimas, podia ser outro o caminho, ao nível da

sensibilização, da prevenção, da divulgação das obrigações de informação constantes do regulamento.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. João Gonçalves Pereira (CDS-PP): — Portanto, não criticamos este regime sancionatório, iremos votá-lo, mas não podemos concordar inteiramente com a forma e os moldes em que poderá ser dada autorização

ao Governo.

Termino, Srs. Secretários de Estado, Sr. Presidente, uma intervenção que me vi obrigado a fazer…

Risos do Deputado do PCP Bruno Dias.

…dizendo que, caso contrário, se tivesse havido alguma contenção sob o ponto de vista ideológico e

programático, não teria de fazer esta mesma intervenção.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Se nenhuma das forças políticas ainda com tempo disponível deseja inscrever-se — e suponho que não, pela averiguação que a Mesa fez —, vamos passar ao encerramento.

Os 2 minutos de encerramento do debate cabem ao Governo. Assim, tem de novo a palavra o Sr. Secretário

de Estado do Comércio, dos Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres.

O Sr. Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Queria, naturalmente, agradecer as diferentes intervenções.