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29 DE JANEIRO DE 2021

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De facto, todos os atos da Assembleia da República têm uma dimensão política e quando o Governo aqui

vem, mesmo que procure explicar pedagogicamente uma proposta que tem uma dimensão técnica forte —

porque aqui não estamos a discutir o regulamento, estamos a discutir o quadro contraordenacional associado

ao regulamento —, isso também não deixa de ter uma leitura política.

Penso que não me compete neste exato momento discutir a natureza do regulamento mas, sim, uma

disposição que só pode ser aprovada por cada um dos Estados-Membros da União Europeia e que tem a ver,

justamente, com as contraordenações aplicáveis em caso de incumprimento do regulamento.

Os regulamentos, como aqui foi mencionado, têm uma aplicação direta e imediata, mas não queria, de forma

alguma, deixar de responder às questões que foram colocadas.

A primeira delas é, diria, muito razoável: porquê só agora? De facto, foi aqui também mencionado por um Sr.

Deputado que, ao longo dos últimos 20 anos, desde 1996, houve períodos, porventura, de maior e menor

visibilidade e de maior e menor mediatismo do Estatuto de Bloqueio, em face de decisões geopolíticas, por parte

de Estados terceiros, de outros Estados que não da União Europeia.

O que tenho a dizer sobre essa matéria é que me sinto, enquanto Membro do Governo, a fazer aquilo que é

correto, que é fazer aquilo que, porventura, já devia ter sido feito, não sem deixar de sinalizar que, em todo o

caso, a primeira referência que existe à necessidade de aprovação — do rastreamento que pude fazer — data

justamente do ano de 2012, com comunicações dirigidas à então tutela por parte do organismo da Administração

Pública, missivas essas que foram depois reforçadas, em fevereiro de 2013.

Portanto, não estou com isto a dizer que devia ter sido o Governo X ou Y a fazer isto, queria apenas dizer

que o Governo está a fazer aquilo que deve, do ponto de vista das suas obrigações, e acho que é isso,

essencialmente, que nos une.

Uma segunda questão tem que ver com a ASAE.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Secretário de Estado, pedia-lhe que concluísse.

O Sr. Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor: — Terminarei, Sr. Presidente, peço desculpa.

Como dizia, uma segunda questão tem a ver com a ASAE, que foi considerada pelos diferentes organismos

da Administração Pública, e também de acordo com um grupo de trabalho que foi criado, justamente, antes de

2012, como o organismo que deveria, ou poderia, assumir esta responsabilidade.

Tenho o maior respeito e apreço pelo trabalho que a ASAE desenvolve. Não tenho tempo, aliás, para me

prolongar ou explorar esse assunto, o que teria todo o gosto em fazer, atendendo à notabilíssima capacidade

operacional que esta organização tem dedicado, sobretudo no ano de 2020.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem de terminar, Sr. Secretário de Estado.

O Sr. Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor: — Sr. Presidente, só mesmo para terminar, se me permite, queria dizer também — o que já foi aqui, de alguma forma, mencionado

— que esta aprovação nada tem a ver com um caso específico de uma empresa ou de alguma questão que

tenha sido suscitada, tem a ver apenas com o facto de, finalmente, estarmos a cumprir, na sua globalidade e

plenitude, um regulamento aprovado, inicialmente, em 1996.

Sr. Presidente, obrigado pela tolerância.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Encerramos, assim, a nossa ordem de trabalhos do dia de hoje. A Mesa apresenta os seus cumprimentos de despedida aos Membros do Governo.

Amanhã, o Plenário reunirá às 9 horas — convém tomar atenção a essa mudança do horário normal — e

teremos uma agenda com seis pontos.

O primeiro ponto consiste no debate, em sessão plenária, com a participação do Governo, no início de cada

presidência do Conselho da União Europeia, sobre as respetivas prioridades, nos termos previstos na alínea c)