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I SÉRIE — NÚMERO 47

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O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Pudera!…

A Sr.ª Sofia Matos (PSD): — Mas o que seria destes números se, efetivamente, estivéssemos a testar mais?!

Pior: para além de não cumprir a referida testagem massiva com que se comprometeu, este é o Governo da

União Europeia que menos testou em janeiro deste ano.

E, para ainda agravarmos este quadro, verificamos que o excesso de mortalidade em Portugal não se deve

apenas à COVID-19.

Durante este último ano, Sr.as e Srs. Deputados, vimos milhares de cirurgias e consultas serem adiadas, os

doentes crónicos viram-se privados dos seus tratamentos e, obviamente, o seu estado de saúde agravou-se.

É preciso termos a noção de que as restrições no acesso à saúde, que este Governo não conseguiu impedir,

não têm efeito apenas no presente. Há outros tantos doentes, Srs. Deputados, que o serão no futuro, porque,

simplesmente, se adiaram rastreios e, com isso, se adiaram também milhares de diagnósticos, especialmente

na área do cancro.

O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Muito bem!

A Sr.ª Sofia Matos (PSD): — No que toca à vertente orçamental, aquilo que encontramos é a não execução

da despesa, por parte do Governo, que estava autorizado por este Parlamento para o efeito e que contou com

o apoio do PSD para que nada faltasse no combate à pandemia.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Bem lembrado!

A Sr.ª Sofia Matos (PSD): — Isto, apesar das enormes necessidades do Serviço Nacional de Saúde, das

famílias e das empresas.

Mais uma vez, os melhores do mundo a anunciar, os piores a executar!

Souberam, pois, poupar na despesa, mas não souberam ou não conseguiram proteger a vida daqueles que

sucumbiram às mãos do Serviço Nacional de Saúde.

Sr.as e Srs. Deputados, fiquem bem cientes de que a falta de investimento na saúde, a subexecução

orçamental e a enorme falta de planeamento resultam de um Governo que anda sistematicamente a correr atrás

do prejuízo.

Com os senhores a governar o País e a gerir esta pandemia, o vírus esteve sempre um passo à vossa frente

e, por isso, naturalmente, não conseguiram cumprir o desígnio de não deixar ninguém para trás.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, pelo Grupo Parlamentar do PS, o Sr. Deputado Luís Testa.

O Sr. Luís Moreira Testa (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Ao

estarmos presentes neste debate parlamentar, devíamos todos corresponder à convocatória do mesmo, ou seja,

estar a debater as medidas que foram propostas pelo Governo para o estado de emergência, nomeadamente

aquelas que corresponderam, enquanto resposta, ao período mais difícil que o País viveu desde o início da

pandemia.

Janeiro não foi um mês a brincar, foi um mês muito sério para quem teve de tomar decisões,…

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — E não as tomou!

O Sr. Luís Moreira Testa (PS): — … para quem teve de sofrer com as decisões que foram tomadas, porque

elas eram reais, necessárias e graves, mas foi, sobretudo, um mês dramático para as populações que se

confrontaram com um número cada vez mais escalado de infeções, com um número cada vez mais escalado

de doentes internados, com um número cada vez mais escalado de doentes em cuidados intensivos e,

infelizmente, com um número maior de óbitos.