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I SÉRIE — NÚMERO 47

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O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Luís Moreira Testa (PS): — … foi quem tinha esse compromisso e faltou à democracia, faltou à

esquerda parlamentar, faltou a Portugal.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para encerrar este debate, tem a palavra a Sr.ª Ministra da Saúde, Marta Temido, a

quem cumprimento.

A Sr.ª Ministra da Saúde (Marta Temido): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Depois de tantos

debates sobre o mesmo tema, creio que ainda não compreendemos todos, totalmente, para que serve o estado

de emergência. Serve para comprimir direitos, liberdades e garantias, perante uma situação de calamidade

pública, uma situação gerada por uma doença, uma situação de uma emergência de saúde pública internacional.

Não há culpados, há uma doença.

Não há «nós» e os portugueses, somos todos portugueses, somos todos cidadãos, somos todos povo.

Foi nesse contexto que utilizámos o atual estado de emergência, para restringir direitos, liberdades e

garantias. Direitos, liberdades e garantias que consideramos muitíssimo importantes, desde logo a liberdade de

circulação, a liberdade de deslocação, mas também a liberdade de ir à escola. E foi com enorme pesar que

procedemos ao encerramento das escolas, das atividades letivas presenciais. Fizemo-lo,…

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Tarde!

A Sr.ª Ministra da Saúde: — … porque, em determinado momento do mês de janeiro, percebemos que uma

variante nova de um vírus já conhecido fazia com que as medidas tradicionais não fossem suficientes para

responder à transmissão da infeção.

Nesta quinzena, a situação epidemiológica do País, primeiro, agravou-se. Portugal foi, de facto, o primeiro

País da União Europeia com maior incidência cumulativa de casos, teve um índice de transmissibilidade (Rt)

acima de 1, teve uma taxa de positividade de quase 20%, teve uma estimativa de 36,5% de prevalência da

variante inglesa no total de casos confirmados em Portugal.

Mas esta tendência foi invertida e é isto que vale a pena sublinhar. O pico da incidência foi atingido em 24

de janeiro, o número de casos recuperados aumentou, neste período, mais de 30%.

O dia 22 de janeiro foi o dia com mais testes realizados e o mês de janeiro foi o mês com mais testes

realizados desde o início da pandemia. Portugal é o sexto país da União Europeia em número de testes

realizados por milhão de habitantes e há pessoas que devem estar a ler números errados, pelo que vale a pena

confirmarem aquilo de que estão a falar.

Aplausos do PS.

Estamos hoje melhor do que estávamos, de facto, mas não estamos ainda no sítio onde queríamos estar. O

número mais baixo de novos casos que o País registou até agora verificou-se no dia 2 de agosto, em que se

registaram 106 novos casos. Nesse dia, houve zero óbitos.

No dia 22 de agosto, havia 270 internados e, no dia 9 de agosto, havia 29 internados em unidades de

cuidados intensivos.

O dia em que a taxa de positividade foi mais baixa foi o dia 5 de agosto, com 1,2% de casos positivos nos

testes realizados.

Há, portanto, muito caminho para fazer e é neste caminho que não vamos faltar aos portugueses, mas não

com soluções fáceis, porque elas não existem. Não é quebrar patentes que garante a capacidade produtiva de

vacinas, não é dizer que não planeámos que resolve aquilo que falta fazer. Aquilo que falta fazer faz-se com

trabalho, com estudo, com dedicação e, sobretudo, com argumentos verdadeiros. É para isso que servem estes

debates, para os expormos e também para darmos conta da estratégia que temos seguido e daquela que