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I SÉRIE — NÚMERO 51

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além de mais, nós fazemos primeiro e o CDS comenta depois e, portanto, tínhamos de tentar adivinhar qual

era a opinião do CDS.

Portanto, aquilo que fizemos, e fazemos, foi solicitar aos especialistas que levassem a cabo uma avaliação

do risco de cada atividade, que em função disso fizessem uma matriz de risco, que eles apresentaram

publicamente e todos conhecemos por igual, porque foi apresentada no Infarmed (Autoridade Nacional do

Medicamento e Produtos de Saúde).

Perante esse trabalho, ouvi as conclusões mais diversas; há aqueles que, como o Sr. Deputado, dizem que

fomos depressa demais e outros Srs. Deputados, que ainda falarão hoje, seguramente, dirão que fomos lentos

demais. A minha parte é dizer que acho que fomos ponderados, equilibrados, porque, permita-me que lhe

diga, no centro é que está a virtude.

Risos do Deputado do Chega André Ventura.

Por isso é que temos um desconfinamento que é a conta-gotas, para nos permitir a cada quinzena avaliar o

impacto das decisões que tomámos e, em função de dois critérios,…

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Mas há quatro!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … que até vejo na imprensa que parece que são os mais exigentes em termos

europeus — um tem a ver com a incidência de novos casos por 100 000 habitantes em 14 dias e outro tem a

ver com o ritmo da transmissibilidade —, vamos sabendo se estamos numa zona verde, onde podemos

prosseguir, se estamos numa zona amarela, onde devemos olhar com prudência, ou se estamos numa zona

vermelha, onde devemos parar e, porventura, até voltar atrás.

Creio que essa é uma matriz compreensível, sendo que a ideia que temos de ter presente no nosso espírito

é que é fundamental — é a única garantia de sucesso que temos no combate a esta pandemia, que continua

sempre a ser a mesma — mantermos a proteção individual, usando máscaras, lavando regulamente as mãos,

mantendo a distância física. Isto é o fundamental, porque é o que cada um de nós pode controlar; conta mais a

dinâmica social que se gera e que pode correr bem, como felizmente correu durante muitos períodos desta

pandemia, ou correr de forma trágica, como correu durante o mês de janeiro.

Por isso, apelo a todos pelo respeito escrupuloso das regras e, sobretudo, das normas de proteção

individual.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Continua no uso da palavra o Sr. Deputado Telmo Correia, do Grupo Parlamentar do

CDS-PP.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, não foi justo porque o Sr.

Primeiro-Ministro sabe o que lhe dissemos na reunião, que foi absolutamente coerente com aquilo que eu

disse aqui hoje. Portanto, não diga que viemos criticar a posteriori porque aquilo que dissemos antes foi o que

eu disse aqui, hoje.

Sr. Primeiro-Ministro, uma outra questão tem a ver com o Plano de Recuperação e Resiliência. O Sr.

Primeiro-Ministro anunciou — fê-lo no dia 15 — que havia 15 dias de consulta pública e que o enviaria no dia 1

para Bruxelas. Pergunto-lhe: já enviou ou não enviou? Qual é o ponto da situação? Está a negociar? O que é

que se passa agora?

Em segundo lugar, incorporou os contributos daqueles 15 dias, que segundo o Governo terão sido uns

milhares, ou não incorporou esses mesmos contributos?

Em terceiro lugar, esse Plano tem, ou não, em conta a incidência e o impacto desta terceira vaga e deste

segundo confinamento geral e implica, ou não, alguma adaptação? Existe, ou não, como tem sido noticiado,

uma divergência entre o próprio entendimento do Governo e algum entendimento de Bruxelas, segundo o qual

não deveríamos investir tanto em pontes, estradas, etc.?