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I SÉRIE — NÚMERO 51

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A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — Estamos a trabalhar nisso!

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Nos breves segundos que tenho, queria concretizar duas matérias. Em

primeiro lugar, registei que o Sr. Primeiro-Ministro não respondeu ao pedido que lhe fiz quanto ao

compromisso de que os documentos sobre a decisão das barragens chegarão ao Parlamento. Em segundo

lugar, numa resposta que deu na primeira ronda ao Partido Comunista Português, na verdade, também não

disse em concreto qual é a solução para a Groundforce.

Lembro que a Groundforce não procedeu aos pagamentos, nomeadamente da segurança social, no dia 12,

e que não tem, neste momento, acesso ao layoff. Portanto, a situação dos trabalhadores é particularmente

complicada, pelo que presumo que o Governo já pensou no que vai fazer. Não vamos, seguramente, perder

uma empresa que sempre foi lucrativa e que é estratégica para o País.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Catarina Martins, relativamente à Groundforce,

já tive oportunidade de responder. Como sabe, propusemos que houvesse um aumento de capital de forma a

poder dotar a empresa dos meios necessários para funcionar e, sobretudo, para cumprir os seus deveres,

desde logo pagando os salários aos trabalhadores. Não podemos é continuar a encontrar soluções que não

garantam a recuperação do dinheiro investido por parte dos contribuintes. Portanto, isso é absolutamente

essencial.

Quanto aos documentos, diz-me o Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares que essa questão

ainda está dentro do prazo e que responderemos ao requerimento no prazo regimental, como, aliás, é nosso

dever fazer.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — É a vez do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, pelo que tem a palavra o Sr.

Deputado José Luís Carneiro.

O Sr. José Luís Carneiro (PS): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Sr.as e Srs. Membros do Governo,

Sr.as e Srs. Deputados: Gostaria de começar por felicitar o Governo, o Sr. Primeiro-Ministro e também o Sr.

Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros pelos resultados que já é possível vislumbrar como positivos

relativamente à Presidência portuguesa da União Europeia.

Não deixa de ser importante sinalizar os resultados na preparação da Conferência Sobre o Futuro da

Europa. Será, certamente, o momento em que as cidadãs e os cidadãos se voltarão a reencontrar com as

suas instituições e com esse projeto de progresso moral e material europeu, como o qualificou Mário Soares,

em 1976, precisamente na cidade do Porto.

Aplausos do PS.

É também no Porto que irá ocorrer essa Cimeira Social, que mostra a pertinência da integração da Carta

dos Direitos Sociais Fundamentais no Tratado de Lisboa, precisamente durante a Presidência portuguesa de

2007, e que permitirá atualizar a proteção do trabalho e prepará-lo para as exigências — como aqui foi dito

pelo Sr. Primeiro-Ministro — do desafio das alterações climáticas e da transição digital.

Não deixa de ser significativo que seja no Porto que a Europa abrirá novos horizontes do ponto de vista

geopolítico e geoestratégico, lançando as bases da cooperação na cimeira com a Índia, dando certamente um

contributo relevante para a cooperação, para o comércio, para o desenvolvimento e para outros desafios

estratégicos, como ocorre com a conectividade, com a transição digital e com as alterações climáticas.