1 DE ABRIL DE 2021
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aquisição das vacinas, na criação de capacidade de produção nacional, na intervenção para a suspensão ou
cancelamento de patentes.
O Governo erra, uma vez mais, ao recusar essas soluções, mas, no dia 8 de abril, o PCP trará aqui essa
discussão para que as opções que defendem a saúde e o futuro nacional sejam concretizadas. Cada um terá,
nessa altura, de assumir o que pesa mais, se a saúde e a vida dos portugueses e o desenvolvimento nacional
ou o lucro e as juras de fidelidade à União Europeia.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Por muito complexas que possam parecer as dificuldades que
enfrentamos, existem soluções para os problemas nacionais. Essas soluções alternativas exigem uma opção
pela defesa dos trabalhadores, do povo e do País e pela resposta aos problemas e às necessidades urgentes
dos vários setores da sociedade.
O que a situação exige é a rutura com as opções da política de direita. O que o País precisa é de uma política
alternativa para responder à epidemia e aos problemas estruturais, que se agudizaram, é de uma política de
defesa dos direitos dos trabalhadores, dos seus salários e emprego, que consolide e reforce a resposta dos
serviços públicos, que recupere o controlo público dos setores estratégicos e que defenda a soberania nacional.
São opções que têm de ser tomadas agora.
O Governo recusa, arrasta e atrasa as opções necessárias e as medidas urgentes e essenciais. O PCP não
desiste de se bater por elas e de continuar a luta para que se concretizem.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Sr.ª Deputada, a Mesa regista três inscrições de Deputados para
pedidos de esclarecimento.
Para o efeito, começo por dar a palavra à Sr.ª Deputada Bebiana Cunha, do PAN.
A Sr.ª Bebiana Cunha (PAN): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª Deputada Alma Rivera, na sua
intervenção, deixou bem claro o apoio que o Governo tem de dar às pequenas e médias empresas e o esforço
que tem de fazer ao nível da manutenção dos trabalhadores.
Aquilo que gostaríamos de lhe perguntar prende-se com uma proposta do PAN que deu entrada já há mais
de um mês e que visava resolver um problema na regulamentação dos programas APOIAR + SIMPLES e
APOIAR RENDAS.
Nestes programas, o Governo deixou de fora os empresários em nome individual que não tinham
trabalhadores a seu cargo. Isto, evidentemente, representa um amplo número de pequenas e médias empresas
no nosso País.
Muito recentemente, o Governo resolveu, finalmente, este problema. Nesse sentido, o PAN refez a sua
proposta. Entendeu que o Governo procedeu bem ao resolver este problema, embora tarde, porque deixou estas
pessoas excluídas deste apoio durante mais de um mês. Mas o Governo continua a deixar de fora dos apoios
os empresários em nome individual que criaram empresas no ano de 2020. Evidentemente, as pessoas fizeram
investimentos, planearam e investiram na economia.
Portanto, hoje mesmo trazemos essa recomendação, para que o Governo encontre uma solução para apoiar
também os empresários em nome individual cujas empresas foram criadas no ano de 2020, e, ao mesmo tempo,
para que o Governo crie um simulador, face à confusão instalada relativamente a todos os apoios, para que as
pessoas possam simular o apoio que melhor se adequa às suas necessidades.
Gostaríamos de saber se o PCP irá acompanhar estas propostas de recomendação do PAN.
O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Sr. Deputado Pedro Delgado Alves, do PS, tem a palavra para um
pedido de esclarecimento.
O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª Deputada Alma Rivera,
começo por concordar consigo e por saudar a pertinência do tema e da questão que coloca.
Efetivamente, há um ponto de partida com o qual estamos todos de acordo: a pandemia exacerbou e tornou
muito evidentes os problemas estruturais que enfrentamos já ao longo de várias décadas.