O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

1 DE ABRIL DE 2021

45

aquisição das vacinas, na criação de capacidade de produção nacional, na intervenção para a suspensão ou

cancelamento de patentes.

O Governo erra, uma vez mais, ao recusar essas soluções, mas, no dia 8 de abril, o PCP trará aqui essa

discussão para que as opções que defendem a saúde e o futuro nacional sejam concretizadas. Cada um terá,

nessa altura, de assumir o que pesa mais, se a saúde e a vida dos portugueses e o desenvolvimento nacional

ou o lucro e as juras de fidelidade à União Europeia.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Por muito complexas que possam parecer as dificuldades que

enfrentamos, existem soluções para os problemas nacionais. Essas soluções alternativas exigem uma opção

pela defesa dos trabalhadores, do povo e do País e pela resposta aos problemas e às necessidades urgentes

dos vários setores da sociedade.

O que a situação exige é a rutura com as opções da política de direita. O que o País precisa é de uma política

alternativa para responder à epidemia e aos problemas estruturais, que se agudizaram, é de uma política de

defesa dos direitos dos trabalhadores, dos seus salários e emprego, que consolide e reforce a resposta dos

serviços públicos, que recupere o controlo público dos setores estratégicos e que defenda a soberania nacional.

São opções que têm de ser tomadas agora.

O Governo recusa, arrasta e atrasa as opções necessárias e as medidas urgentes e essenciais. O PCP não

desiste de se bater por elas e de continuar a luta para que se concretizem.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Sr.ª Deputada, a Mesa regista três inscrições de Deputados para

pedidos de esclarecimento.

Para o efeito, começo por dar a palavra à Sr.ª Deputada Bebiana Cunha, do PAN.

A Sr.ª Bebiana Cunha (PAN): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª Deputada Alma Rivera, na sua

intervenção, deixou bem claro o apoio que o Governo tem de dar às pequenas e médias empresas e o esforço

que tem de fazer ao nível da manutenção dos trabalhadores.

Aquilo que gostaríamos de lhe perguntar prende-se com uma proposta do PAN que deu entrada já há mais

de um mês e que visava resolver um problema na regulamentação dos programas APOIAR + SIMPLES e

APOIAR RENDAS.

Nestes programas, o Governo deixou de fora os empresários em nome individual que não tinham

trabalhadores a seu cargo. Isto, evidentemente, representa um amplo número de pequenas e médias empresas

no nosso País.

Muito recentemente, o Governo resolveu, finalmente, este problema. Nesse sentido, o PAN refez a sua

proposta. Entendeu que o Governo procedeu bem ao resolver este problema, embora tarde, porque deixou estas

pessoas excluídas deste apoio durante mais de um mês. Mas o Governo continua a deixar de fora dos apoios

os empresários em nome individual que criaram empresas no ano de 2020. Evidentemente, as pessoas fizeram

investimentos, planearam e investiram na economia.

Portanto, hoje mesmo trazemos essa recomendação, para que o Governo encontre uma solução para apoiar

também os empresários em nome individual cujas empresas foram criadas no ano de 2020, e, ao mesmo tempo,

para que o Governo crie um simulador, face à confusão instalada relativamente a todos os apoios, para que as

pessoas possam simular o apoio que melhor se adequa às suas necessidades.

Gostaríamos de saber se o PCP irá acompanhar estas propostas de recomendação do PAN.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Sr. Deputado Pedro Delgado Alves, do PS, tem a palavra para um

pedido de esclarecimento.

O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª Deputada Alma Rivera,

começo por concordar consigo e por saudar a pertinência do tema e da questão que coloca.

Efetivamente, há um ponto de partida com o qual estamos todos de acordo: a pandemia exacerbou e tornou

muito evidentes os problemas estruturais que enfrentamos já ao longo de várias décadas.