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I SÉRIE — NÚMERO 55

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baixos índices de ocorrência de fenómenos criminais desde 1989, isto é, desde que, há 32 anos, este modo de

registo foi instituído.

Por isso, é também tão importante verificar o caminho que tem sido percorrido, um caminho marcado pelo

alargamento da testagem. Não é verdade que estejamos nos últimos lugares de testagem. Portugal tem mais

de 9,5 milhões de testes feitos. Só para citarmos países próximos, sem darmos exemplos exóticos, testamos

mais do que Espanha, testamos mais do que a Alemanha, testamos do que a Holanda, testamos mais do que a

Suíça.

Aplausos do PS.

Por isso, a reabertura das escolas foi também acompanhada de um processo de testagem massiva de

professores e demais integrantes da comunidade educativa. Ainda na semana passada, foram realizados 110

000 testes em contexto escolar, tendo-se registado 125 casos de COVID-19, isto é, houve cerca de 0,1% de

deteção de novos casos.

É neste contexto que, desde que começámos a desconfinar, os resultados têm consolidado uma redução do

número de internamentos e de internados em unidades de cuidados intensivos. São cerca de metade do que

eram quando, a 15 de março, começámos a desconfinar, numa redução de número de casos ativos,

independentemente da atenção que teremos de tomar, quer à evolução do fator de transmissibilidade, do

chamado «R», quer relativamente a fenómenos locais de crescimento de casos de incidência da doença, que

se manifestam em algumas regiões do País.

Quando começámos a desconfinar, tínhamos cerca de quatro dezenas de municípios com números acima

de 120 casos por 100 000 habitantes. Estamos hoje com 22 e não deveríamos ter nenhum, mas este é o quadro

de uma evolução que, globalmente, é um sinal de esperança.

O que marcou esta última quinzena foi o facto de, pela primeira vez desde que a pandemia começou — e,

sobretudo, de uma forma muito clara, desde que, em janeiro, foi necessário adotar medidas mais significativas

—, haver semanas inteiras sem uma única morte nos lares ou nas estruturas residenciais para idosos. Isso

deve-se ao que foi feito relativamente aos lares.

Aplausos do PS.

Isso deve-se a termos mais de 90% das pessoas com mais de 80 anos já vacinadas. Portanto, são os mais

frágeis que, felizmente, têm hoje uma incidência menor da doença. É também, sobretudo, este segmento que

regista um conjunto alongado de dias sem que tenhamos de lamentar a perda de qualquer vida.

Também por isso é tão importante prosseguir com a vacinação noutros setores. Como Ministro da

Administração Interna, não estou apenas centrado na COVID ou nos níveis de prevenção da criminalidade.

Também estamos atentos à prevenção do risco de incêndio rural e, por isso, nesta semana, todos os bombeiros

estarão vacinados, com prioridade, no quadro da resiliência de Estado, tal como os elementos das forças de

segurança estão já maioritariamente vacinados. É por isso que esta medida é tão decisiva, no momento em que

pretendemos prolongar, por mais 15 dias, o estado de emergência.

Aplausos do PS.

Mais uma vez, quero registar que mais de 80% dos Deputados, nesta Câmara, irão viabilizar a adoção desta

proposta do Sr. Presidente da República e que o Governo não deixará, amanhã, com base em toda a informação

científica disponibilizada na reunião de ontem realizada no Infarmed e em toda a informação disponível até ao

último momento, de adotar o justo equilíbrio entre a vontade e a necessidade de desconfinamento e a absoluta

determinação na adoção de medidas restritivas ou de eventual suspensão deste nível de desconfinamento, onde

tal seja necessário. Por isso, ouvi, com satisfação, o PSD dizer que a estabilidade política é importante. Sim, é

essa a determinação que nos leva a estar com os portugueses ao longo deste ano, o ano mais difícil da nossa

vida coletiva e, certamente, o ano mais difícil de todos aqueles que assumiram alguma vez responsabilidades

políticas.