I SÉRIE — NÚMERO 61
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O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra o Sr. Ministro de Estado e das Finanças para responder
a estes pedidos de esclarecimento.
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Sr. Presidente, em relação às questões colocadas pela Sr.ª
Deputada do CDS sobre os apoios às empresas, posso dizer que estão previstos 5000 milhões de euros de
apoios diretos. A dimensão que referiu diz respeito a apenas uma dimensão. E, além dos 5000 milhões que já
estão previstos, através do InvestEU, que também vai ser financiado com a participação do Banco de Fomento
e do aumento de capital no Banco de Fomento, estão disponíveis mais 9000 milhões de euros de financiamento
para as empresas.
O Governo tem dado um conjunto significativo, muito forte e robusto de apoios às empresas.
Respondendo ao Sr. Deputado do PSD, gostaria de dizer que, no primeiro trimestre, executámos cerca de
1200 milhões de euros só de apoios a fundo perdido às empresas. O ritmo não é de 50%, não é de 100%, é de
150% superior à média mensal do ano passado!
A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Agora imagine o que fez no ano passado!
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — E o principal indicador de eficácia destas medidas é a taxa de
desemprego, que, segundo o que anunciou hoje o INE, está em valores muito abaixo do expectável.
Sr.ª Deputada, olhe para a taxa de desemprego: 6,5%! Provavelmente, até vai ficar no cômputo do ano abaixo
do que temos previsto no nosso Programa de Estabilidade. Estamos com uma taxa de desemprego de 6,5%,
mas o PSD anunciava um desastre e um caos com o aumento do salário mínimo a cerca de 1 milhão de
trabalhadores e dizia que iria provocar o aumento da taxa de desemprego.
A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — Bem lembrado!
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Ainda em relação às questões colocadas pela Sr.ª Deputada
do CDS sobre o investimento público — que, por um lado, crítica o excesso de gastos públicos e de investimento
público e, por outro, diz que o investimento público não é suficiente —, queria referir que, enquanto governou, o
PSD não promoveu o investimento público, rasgou o investimento público.
A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — Muito bem!
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Ainda hoje pagamos indemnizações decididas em tribunal por
conta dos investimentos que rasgaram…
Protestos da Deputada do CDS-PP Cecília Meireles.
Sr.ª Deputada Cecília Meireles, posso mostrar um gráfico em que se pode ver o que é que os Governos
decidiram. Comparando a evolução dos contratos de investimento público lançados, decididos e assinados pelo
nosso Governo e pelo Governo do PSD/CDS, verifica-se que o número de contratos lançados pelo nosso
Governo é quatro vezes superior ao número de contratos lançados pelo Governo PSD/CDS.
Parte dos investimentos referidos, por exemplo relativamente a 2015, têm que ver com aquele investimento
feito pelo anterior Governo socialista e que o PSD tinha cancelado, tendo decidido retomá-lo no último ano de
execução do quadro comunitário.
Sr.ª Deputada, muitos dos investimentos executados durante o mandato do seu Governo não foram decididos
pelo seu Governo, foram decididos pelo anterior Governo do Partido Socialista. O seu Governo não decidiu, a
única coisa que fez foi rasgar alguns contratos!
Aplausos do PS.
O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — O seu Governo é que não fez nada!