I SÉRIE — NÚMERO 63
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centros de vacinação, com a contratação dos trabalhadores na área da saúde, que são necessários para que
os centros possam funcionar, e, ao mesmo tempo, assegurar também o funcionamento ao nível dos cuidados
de saúde primários.
Como a Sr.ª Deputada sabe, o PCP tem apresentado várias propostas nesse sentido, porque consideramos
que é fundamental que os cuidados de saúde primários continuem a funcionar e assegurem o acompanhamento
dos seus doentes.
O PCP considera que a vacinação não deve ser mais uma oportunidade de negócio para a obtenção de lucro
por parte dos grupos privados.
Sr.ª Deputada, de facto, aquilo que tem vindo a ser suscitado sobre um conjunto de vacinas que estão, neste
momento, a ser utilizadas no nosso País claramente dificulta a concretização do plano de vacinação e pode
levar, inclusivamente, a atrasos. Há, de facto, uma escassez de vacinas, mas a questão que aqui queria colocar
era esta: perante este facto, o que é que o CDS propõe?
É que, quando o PCP aqui trouxe uma proposta para que fosse diversificada a compra de vacinas, vacinas
que sejam reconhecidas pela OMS e que a nossa autoridade do medicamento possa, naturalmente, autorizar
que sejam utilizadas no nosso País, o CDS votou contra.
A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — Claro!
A Sr.ª Paula Santos (PCP): — É que, perante os factos, perante a realidade e perante soluções concretas que permitiam, de facto, acelerar, que permitiam, de facto, proteger mais rapidamente a nossa população, que
permitiam também mais rapidamente retomar as atividades económicas, sociais, culturais, desportivas em
segurança, em suma, devolver a vida às populações, o CDS o que faz? Vota contra! Vota contra, impedindo que
estas propostas possam ser aprovadas.
O Sr. Presidente: — Tem de terminar, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Vou terminar, Sr. Presidente. Vota contra e não traz nenhuma solução em concreto,…
A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — Traz, traz!
A Sr.ª Paula Santos (PCP): — … que, de facto, resolva o problema, a não ser entregar nas mãos dos privados, que é isso que o CDS traz sempre.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!
A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Perante problemas concretos no Serviço Nacional de Saúde, em vez de se reforçar a resposta do Serviço Nacional de Saúde entregue-se para o lucro dos grupos privados. Essa não é a
solução.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada Ana Rita Bessa, tem a palavra, para responder. Entendo, pelos gestos que trocou, que já sabe qual era a pergunta que o Sr. Deputado Moisés Ferreira iria fazer.
Risos.
A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — Sim, Sr. Presidente, tenho uma ideia. Já estava implícito.
Risos.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra, Sr.ª Deputada.