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7 DE MAIO DE 2021

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A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — Sr. Presidente, queria agradecer aos Srs. Deputados Rui Cristina, Susana Correia e Paula Santos pelas questões colocadas e, implicitamente, ao Sr. Deputado Moisés Ferreira,

neste exercício a que já vamos estando habituados. Gostaria, talvez, de começar por responder à Sr.ª Deputada

Susana Correia, só por ser mais simples endereçar a sua questão.

Sr.ª Deputada, quando a Sr.ª Deputada quiser fazer uma declaração política sobre investimento no SNS,

proponho que fale no seu grupo parlamentar, traga aqui essa declaração política e discutimos esse assunto.

Se não se importar, gostava de discutir o assunto que trouxe hoje, que é o tema da vacinação e, portanto, é

aí que me irei fixar. Peço que não me leve a mal mas, de facto, é um bocadinho como quando a pessoa não

sabe a resposta para o teste e então responde a outra coisa. Portanto, irei antes falar sobre a vacinação.

Tentando, então, responder aos restantes Srs. Deputados sobre soluções, acho que até trouxe aqui soluções

muito concretas. O que vim aqui dizer foi que, exatamente, não há nenhum critério científico — e com isto

respondo ao Sr. Deputado Rui Cristina.

Ontem, todos os Deputados da Comissão de Saúde ouviram a Comissão Técnica de Vacinação, a quem

perguntámos: «Qual é a informação científica na qual baseiam uma opção diferente da da EMA e da FDA?» E

a resposta foi: «Baseamo-nos na melhor informação científica.»

Entrámos aqui num raciocínio circular. Realmente, dele não sei sair e, portanto, diria que não, não há

nenhuma evidência científica e, se calhar, a primeira solução era, exatamente, deixarmo-nos disto e usar sem

restrição as vacinas aprovadas para qualquer faixa etária e para qualquer género e não desperdiçar os milhões

de vacinas que temos em nossa posse. Primeira solução! Muito simples, nada de complicar.

Sr. Deputado Moisés Ferreira, ainda antes de levantar patentes ou, Sr.ª Deputada Paula Santos, ainda antes

de fazer compras injustificadas de vacinas que nem sequer estão aprovadas por nenhum regulador,…

Protestos da Deputada do PCP Paula Santos.

… se calhar, uma boa ideia era usar estas, em vez as de deitar fora ou de deixar para depois. Esta era a

primeira nota que gostava de fazer.

A segunda nota é a de que também trouxe algumas soluções, sim, para o SNS.

Aquilo que vim aqui dizer foi que o SNS, particularmente os cuidados de saúde primários, não estão a

conseguir dar a resposta de recuperação das consultas presenciais, dos seus cuidados assistenciais, que é a

sua primeira missão. E também todos ouvimos, na Comissão de Saúde, quer a FNAM (Federação Nacional dos

Médicos), quer o SIM (Sindicato Independente dos Médicos), dizerem que os médicos estavam sobrecarregados

com escalas, porque são desviados ou para o «covidário» ou para a vacinação e não conseguem estar sentados

a fazer as consultas que deviam estar a fazer.

A pergunta é: tem mesmo de ser assim? Além dos centros de vacinação para onde estes médicos, mais uma

vez por causa da DGS, têm de ser deslocados, não seria possível usar outras redes, como a das farmácias

comunitárias?

Não é os grandes lucros! Eu nem falei nos hospitais privados, esses grandes devoradores de lucro.

Protestos da Deputada do PCP Paula Santos.

Sr.ª Deputada, nem falei nisso. Falei na farmácia da esquina de sua casa que, se calhar, pode perfeitamente

vacinar algumas pessoas e dar vazão, se usarmos bem as vacinas. Foi só isso que propus.

Protestos da Deputada do PCP Paula Santos.

Portanto, sim, vim propor soluções; sim, vim propor coisas que até já foram discutidas. Como disse, só vim

fazer alertas para, mais tarde, não dizerem «ninguém avisou» ou «vêm criticar agora porque não têm nada

melhor para fazer».

O espírito é o melhor possível, é o de contribuir para que este processo corra bem, como aconteceu já em 3

de dezembro. Se quiserem ouvir, ótimo; se não quiserem, temos pena!