O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 18

20

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para um pedido de esclarecimento, tem a palavra a Sr.ª Deputada Clara Marques Mendes, do Grupo Parlamentar do PSD.

A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, o Sr. Deputado António Filipe veio aqui falar de uma crise política e falou como se o PCP não tivesse responsabilidade por aquilo que está a

acontecer. Mas, Sr. Deputado, tem toda a responsabilidade por aquilo que está a acontecer!

Aplausos do PSD.

O Partido Comunista Português, juntamente com o Bloco de Esquerda, com o Sr. Primeiro-Ministro, com o

Governo e com o Partido Socialista são o rosto desta crise política!

Sr. Deputado, ao longo de seis anos, os senhores apoiaram um Governo que aumentou a carga fiscal para

as famílias e para as empresas. Mais: o PSD alertou várias vezes — e de diversas formas — para o facto de

ser necessário baixar a carga fiscal, apoiar a economia, porque só apostando na economia podemos ter

empresas estáveis e empregos estáveis. Foi o PSD que chamou a atenção e alertou para a necessidade da

estabilidade da legislação laboral e de um conjunto de medidas amigas das famílias. Nessa altura, os

senhores estiveram contra tudo isto!

Portanto, Sr. Deputado, não se consegue compreender como é que os senhores, que ao longo de seis

anos apoiam um Governo que não foi capaz de fazer e tomar as medidas necessárias para acudir às pessoas,

num momento em que as pessoas mais precisam, em que estamos a sair de uma crise sanitária, com

repercussões gravíssimas em termos económicos e sociais, viram as costas às pessoas e criam esta crise

política.

O Sr. Nelson Peralta (BE): — Podiam ter votado a favor!

A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Julgava que o Sr. Deputado iria aproveitar para fazer um mea culpa e pedir desculpa aos portugueses. Agora, tem a oportunidade de explicar como foi possível serem tão

irresponsáveis, como foi possível voltarem as costas às pessoas, apoiarem um Governo que não ajudou as

pessoas, os trabalhadores e as famílias durante seis anos, e agora são responsáveis por mais uma crise além

da social, uma crise política.

Aplausos do PSD.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para um pedido de esclarecimento, tem a palavra a Sr.ª Deputada Bebiana Cunha, do Grupo Parlamentar do PAN.

A Sr.ª Bebiana Cunha (PAN): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Deputado António Filipe, depois da sua declaração política, da parte do PAN, gostaríamos de lhe endereçar três questões muito

concretas.

A saber: primeiro, mantém o PCP a sua firme convicção de que o País só precisa de um orçamento lá para

o mês de abril ou maio de 2022?

Segunda questão: mantém o PCP a posição de que este Orçamento não deveria ter chegado à

especialidade, para que, por força do diálogo, da negociação e da pressão, se conseguisse, de facto, obter um

instrumento fundamental para o País, que trouxesse as respostas de que tanto precisamos?

Por fim, Sr. Deputado, deixo-lhe uma terceira questão: não considera que o País merecia outro sentido de

Estado por parte do PCP?

Aplausos do PAN.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para responder a estes três pedidos de esclarecimento, tem a palavra o Sr. Deputado António Filipe, do Grupo Parlamentar do PCP.