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I SÉRIE — NÚMERO 18

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Risos do PSD.

Sr.ª Deputada Inês de Sousa Real, não se consegue fazer nada deste Orçamento e deste Governo do PS

porque, na prática, se esquece uma parte do País e uma parte das políticas que são relevantes. Isto é mais do

que evidente!

Ficou no ar aquela sensação de que estão a gerir o poder e não estão a gerir o País. Na prática, isso

significa que, em termos de políticas ambientais, fazem menos do que poucochinho, não fazem minimamente

o que é necessário. Preocuparam-se muito em viabilizar o Orçamento, mas não se preocuparam em viabilizar

as políticas que são fundamentais para o País nesta área.

É isto que, de facto, nos entristece, mas, mais do que isso, é o que prejudica o País.

Creio que a Sr.ª Deputada concordará comigo em que, olhando para a política fiscal na área ambiental,

verificamos que o único imposto que eventualmente estará a funcionar é aquele que, quando vou ao

supermercado, me cobra 5 ou 10 cêntimos por um saco. Isso, de facto, é que desincentivou as pessoas…

Protestos do Deputado do PS Santinho Pacheco.

De resto, é uma forma de encherem os bolsos do Governo e de não devolverem onde tem de ser

devolvido… É uma forma de tentarem fazer uma negociação do Orçamento que não funciona. E, em termos

práticos, como levaram uma nega, é a nega do que é o relevo do País.

Sr.ª Deputada do PAN, não acha que, de facto, este Orçamento deixa uma parte do País de fora, deixa

uma parte do que é essencial de fora e que, na prática, estava chumbado à partida, porque nunca quiseram

que ele vivesse? Este é um Orçamento que sempre esteve morto. Existia um zombie, mas mal se mexia.

Aplausos do PSD.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para um pedido de esclarecimento, tem a palavra o Sr. Deputado Nelson Peralta, do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda.

O Sr. Nelson Peralta (BE): — Sr.ª Presidente, queria fazer apenas uma observação à intervenção do Sr. Deputado Nuno Carvalho, do PSD, que tem um grande arrufo com o PS. O que o Sr. Deputado disse da

fiscalidade verde não é, infelizmente, uma novidade do Governo do Partido Socialista. Foi criada pelo Governo

da troica, do PSD/CDS,…

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Bem lembrado!

O Sr. Nelson Peralta (BE): —… para ir buscar mais taxas à população, com o pretexto ambiental. Sr.ª Deputada Inês de Sousa Real, julgo que o PAN também concorda com a fiscalidade verde, mas queria

começar por outra questão.

No último debate com o Governo, a Sr.ª Deputada, representando o PAN, pediu que o Ministro do

Ambiente ficasse ainda com mais áreas de governação e declarou, basicamente, que o PAN, em política

ambiental, é da equipa de Matos Fernandes. Entendemos que, de facto, são precisas políticas disruptivas e

não as políticas que têm vindo a ser levadas a cabo por este Governo.

Queria fazer-lhe duas perguntas concretas. Sobre o mercado de carbono, a Sr.ª Deputada fugiu um pouco

à questão, mas queria saber se está de acordo, ou não, com a aplicação do artigo 6.º, agora em discussão na

COP26, em Glasgow, que configura o novo mercado de carbono que tem como consequência mais

especulação, preços mais elevados aos consumidores, a desregulação da economia e a financeirização da

resposta climática.

Sobre uma das propostas emblemáticas do PAN para a área climática, que são os vistos verdes, queria

também fazer-lhe uma pergunta. Isto porque está tudo à venda, não se vende apenas o carbono, mas os

direitos de cidadania, os direitos humanos são também coisa transacionável no mercado verde.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Bem lembrado!