10 DE DEZEMBRO DE 2021
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Mas já que diz que não pode fazer nada, responda lá se é verdade ou não que Portugal é o terceiro país da
Europa com mais taxas e impostos sobre a eletricidade. Era isso que os portugueses gostavam de ver o Sr.
Primeiro-Ministro responder aqui, no Parlamento.
Ouvimos a Sr.ª Deputada Edite Estrela chamar-lhe o grande agricultor dos portugueses, além de uma série
de coisas que já parecem mais campanha para substituir o Dr. Ferro Rodrigues do que outra coisa, mas
também ouvimos coisas preocupantes da Dr.ª Edite Estrela.
Concorda, ou não, com a vacina obrigatória? É importante que diga aos portugueses se acha que se deve
vacinar obrigatoriamente. A Dr.ª Edite Estrela deu o exemplo da Áustria e pergunto se acha legítimo que quem
não está vacinado fique confinado e que quem o esteja possa andar em liberdade. É uma Europa para uns e
uma Europa para outros, como sempre tem sido, aliás, a defesa socialista.
Sr. Primeiro-Ministro, concorda, ou não, que se imponha a 12% da população o confinamento obrigatório,
caso não estejam vacinados? Era uma questão importante de responder.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — São os seus amigos, esses?
O Sr. André Ventura (CH): — Terminamos com os migrantes. Sr. Primeiro-Ministro, em 2019, a União Europeia recebeu 720 000 pedidos de asilo.
Protestosdo BE.
Sei que agora até o Bloco de Esquerda, que mais atacou a Igreja em Portugal, apela ao Papa e cita o
Papa. Foram 720 000 pedidos de asilo na União Europeia. Nos Estados Unidos, Sr. Primeiro-Ministro, foram
300 000. Não há quem aguente 720 000 pessoas a chegar às fronteiras externas da União, todos os anos, a
toda a hora, colocando em causa as pensões, os salários e os rendimentos de quem aqui trabalha, de quem
aqui vive e de quem quer lutar para viver nesta Europa.
No ano passado, a Europa deu a Portugal 80 milhões de euros no quadro plurianual para acolher
refugiados, com salário, casa e instituições de acolhimento provisório. Enquanto temos, em Portugal,
bombeiros a receber 293 € e pensionistas com 147 € de pensões, temos 80 milhões para dar a refugiados.
Que Europa é esta que dá tudo a quem vem de fora e não é capaz de dar nada a quem cá vive, trabalha e
se dedica toda a vida a construir a Europa, porque a ela pertence?
O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Deputado.
O Sr. André Ventura (CH): — Era a isso que gostávamos de ouvir o Sr. Primeiro-Ministro responder, sem o Papa e sem mais ninguém, com coerência, com clareza, porque os cidadãos, lá fora, estão à espera de
resposta.
Protestosdo BE e do PEV.
OSr. Pedro Filipe Soares (BE): — Vai mas é rezar!
O Sr. André Ventura (CH): — Reza pelos resultados! Depois de janeiro já não estarão aí!
O Sr. José Luís Ferreira (PEV): — Põe mas é a máscara!
O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado João Cotrim de Figueiredo, do Iniciativa Liberal.
O Sr. João Cotrim de Figueiredo (IL): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, Sr. Primeiro-Ministro: Agora que já há condições para lhe colocar estas questões da agenda do Conselho Europeu
do próximo dia 16, destaco três temas.