I SÉRIE — NÚMERO 31
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Averdade é que nos indicadores fundamentais, nos indicadores robustos que são reconhecidos,
internacionalmente, como referência para avaliar o sistema educativo, temos o seguinte: em relação ao
abandono escolar, viemos de 13,7%, em 2015, para 8,9%, em 2020.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. Porfírio Silva (PS): — O PSD deixou-nos abaixo da média europeia e nós já superámos as metas europeias. E se 8,9% já era melhor do que a média europeia, o valor do terceiro trimestre deste ano é ainda
muito melhor: 5,2%, um valor histórico.
Protestos da Deputada do PSD Cláudia André.
Nestes anos de políticas educativas centradas na promoção do sucesso para todos, a escola portuguesa
alcançou uma melhoria notável dos resultados escolares. Por exemplo, o aumento da taxa de pré-escolarização
de 91% para 97%; por exemplo, uma redução de mais de 60% nas taxas de retenção e desistência do ensino
básico; por exemplo, um aumento de 14% das conclusões do ensino secundário em três anos, mostrando que
não há quebras. São resultados como estes que fazem com que hoje tenhamos o maior número de sempre de
alunos no ensino superior.
A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Peço que conclua, Sr. Deputado.
O Sr. Porfírio Silva (PS): — Concluo, Sr.ª Presidente, dizendo que estes resultados mostram que esta governação do PS não se centrou nas coisas erradas em que vocês se centram: na falsa meritocracia e na
política dos rankings. Estapolítica do Governo do PS centrou-se em mais educação, melhor educação,
educação de qualidade para todos, sem discriminação, combatendo as desigualdades.
Aplausosdo PS.
ASr.ª Presidente (Edite Estrela): — Sr. Deputado, tem mesmo de concluir.
O Sr. Porfírio Silva (PS): — É isso que os senhores não percebem, é isso que vos custa, porque Rui Rio continua a ser uma cópia de Nuno Crato, no que diz respeito à educação.
Aplausosdo PS.
Protestos do PSD.
ASr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Joana Mortágua, do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda.
A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro da Educação: Não lhe venho fazer alertas. Já passou o tempo dos alertas que tinha para lhe fazer e que o Bloco de Esquerda foi fazendo ao longo de seis
anos.
Queria confrontá-lo com os seus inconseguimentos, com os inconseguimentos da sua governação, não
apenas aqueles que decorreram da imprevisibilidade do tempo da educação em tempos de pandemia, mas,
sobretudo, aqueles que, depois de passada a imprevisibilidade, confirmaram a incompetência deste Ministério
da Educação — às vezes, temperada com algum excesso de confiança.
Lembro a questão dos computadores e a promessa de que estariam distribuídos a todas as crianças e a
todos os professores no início do ano letivo. Pergunto-lhe: quantos estão, neste momento, por distribuir?
Lembro o #EstudoEmCasa e as promessas feitas aos professores de que teriam benefícios na sua carreira
e de que haveria ajudas de custo para aqueles que foram mobilizados para ir gravar as aulas que seriam
transmitidas pela televisão. Pergunto-lhe: onde ficaram essas promessas?