I SÉRIE — NÚMERO 4
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energética nas nossas habitações, assim como a isenção de IMT para a aquisição de casa própria em segunda aquisição, promovendo assim a circularidade do mercado imobiliário, ao invés da construção de novas casas, que traz sempre consigo impactos assinaláveis.
Para concluir, Sr.as e Srs. Deputados, no momento em que falamos, o Sr. Ministro das Finanças está a anunciar novas medidas. Esperamos que estas medidas saiam finalmente do papel, mas também que não fiquem fechadas na maioria absoluta, e que a bancada do Grupo Parlamentar do PS, na especialidade, esteja finalmente disponível para o diálogo, porque quem perde com a falta de diálogo são, acima de tudo, as famílias portuguesas.
O Sr. Presidente: — Para intervir em nome do Grupo Parlamentar do Chega, tem a palavra o Sr. Deputado
André Ventura. O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Estamos aqui hoje porque o Partido Socialista
mostrou uma absoluta intransigência quanto a ter um verdadeiro pacote de habitação para o País e para as famílias portuguesas.
Estamos aqui hoje porque a obsessão do Partido Socialista com as maiorias e com o rolo compressor de uma ditadura parlamentar obrigaram o Sr. Presidente da República a fazer uso do seu veto político para devolver ao Parlamento este diploma.
Todos nos recordamos ainda de quando a Deputada Maria Begonha dizia, neste Parlamento, que este era o programa de que o País precisava, sem dúvidas e sem hesitações, de quando dizia ao País que este era o programa que os portugueses iriam sentir que traria melhorias para a sua própria vida e que não havia como pegar nele. Pois o País pegou, a oposição pegou e o Sr. Presidente da República pegou.
Se estamos aqui hoje, não é porque a habitação é um problema para o Partido Socialista. Estamos aqui hoje porque o Partido Socialista é o problema da habitação em Portugal.
Aplausos do CH. Quem nos acompanha sabe o que trouxe o Partido Socialista à discussão nesta matéria: um arrendamento
obrigatório que faria corar de vergonha Otelo Saraiva de Carvalho e os seus camaradas, arrendamentos obrigatórios e ocupações forçadas de casas que deixariam Álvaro Cunhal a sorrir pela luta que travou em 1974 e 1975.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Lave a boca antes de falar de Álvaro Cunhal! O Sr. Bruno Nunes (CH): — Lava tu a boca! Estás a falar com quem? O Sr. André Ventura (CH): — Do alojamento local contam-se aqui hoje, nestas galerias, representantes
legítimos, homens e mulheres que abdicaram do seu dinheiro, que abdicaram dos seus bens e das suas vidas familiares para investirem nos centros das cidades, onde António Costa e outros lhes disseram para investir. Reabilitaram as nossas cidades, reabilitaram os prédios que hoje embelezam as nossas cidades, e, chegados ao fim do percurso, o que é que o Partido Socialista lhes dá? A caducidade das inscrições, mais impostos e um regime absolutamente insuportável.
Caros Colegas,… O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Colegas?! O Sr. André Ventura (CH): — … isto não se inventa. Isto é o maior ato de ingratidão da história democrática
em Portugal! É o maior ato de ingratidão da história democrática. Aplausos do CH.