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I SÉRIE — NÚMERO 11

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Protestos do Deputado do CH Pedro Pinto. Também quero dizer que, a 30 de março, será concretizada a existência da Agência para a Integração,

Migrações e Asilo, com uma forte aposta na modernização administrativa e tecnológica para resolvermos, efetivamente, esta questão.

Sabemos que, neste Hemiciclo, nem todos partilhamos o mesmo espaço de vontade em relação às migrações e eu perguntava à Sr.ª Deputada se considera que o Partido Socialista é, efetivamente, um partido pró-imigração, que trata e quer tratar os imigrantes, nos seus ideários, com dignidade e com respeito.

Aplausos do PS. A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Isso não é uma questão de vontade! O Sr. Presidente (Adão Silva): — Para formular um pedido de esclarecimento, tem a palavra, pelo Grupo

Parlamentar do Chega, o Sr. Deputado Gabriel Mithá Ribeiro. O Sr. Gabriel Mithá Ribeiro (CH): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª Deputada Alma Rivera —

e em resposta, também, à Sr.ª Deputada Romualda Fernandes —, se o Partido Chega não defendesse os imigrantes, eu não seria Deputado nesta bancada.

Aplausos do CH. O que não é aceitável é a imigração desregulada e excessiva, e essa é a fonte de todos os problemas. Mas nós também rejeitamos o ataque à sanidade mental dos portugueses e dos europeus. A partir da ONU

(Organização das Nações Unidas), a palavra migrante anda a ser ilegitimamente imposta, e é curioso que, no discurso da Sr.ª Deputada e de muitos Deputados neste Parlamento, essa questão é silenciada. Isto é, o objetivo é destruir a distinção de senso-comum entre emigrante, com o prefixo «e», quem sai do seu país originário, e imigrante, com o prefixo «i», quem entra num país que não é o seu originário para viver.

É que, há meio século, os discursos da esquerda comprovavam, à saciedade, que os portugueses e outros europeus eram emigrantes, com «e». Ou seja, a culpa era da sociedade capitalista burguesa, que não sabia cuidar dos pobres. Depois, com as independências, surgiram por todo o mundo regimes comunistas e socialistas — é o que se vê!

À época, a esquerda garantia que os europeus eram colonialistas — isto é, emigrantes em tom ultracarregado — quando se fixavam fora do Ocidente. Esses portugueses e europeus eram acusados de irem para a Ásia, as Américas e, sobretudo, África explorar os povos ancestrais desses territórios e destruir as suas culturas.

Meio século depois, os senhores estão a virar o discurso e a pôr tudo de pernas para o ar! Fingem que é a mesmíssima coisa chegar a Lisboa, ou seja, a Portugal, na Europa, um imigrante vindo de Islamabad, que é no Paquistão, na Ásia, e — tal como chegavam no passado e chegam no presente — migrantes internos vindos do Alentejo ou do Minho.

Termino com uma pergunta à Sr.ª Deputada Alma Rivera: a imposição do termo «migrante» é, ou não, uma lavagem cerebral de tipo soviético, hoje, em curso?

Aplausos do CH. O Sr. Presidente (Adão Silva): — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Alma Rivera. A Sr.ª Alma Rivera (PCP): — Sr. Presidente, queria agradecer a questão colocada pela Sr.ª Deputada

Romualda Fernandes. Já lá irei. Antes, respondo ao Sr. Deputado Mithá Ribeiro, dizendo o seguinte: Sr. Deputado, isto não é sobre si, não é sobre o Chega;…

O Sr. Duarte Alves (PCP): — Exatamente!