I SÉRIE — NÚMERO 13
12
O Sr. Hugo Costa (PS): — Esta medida teve sucesso, segundo os dados do INE ou do Banco de Portugal,
para controlar o maior pico inflacionista. Isso só foi possível porque, ao contrário de noutros países, existiu um
acordo com o setor da distribuição, além de importantes apoios à produção que, no futuro, vão ser majorados.
O Sr. Miguel Cabrita (PS): — Muito bem!
O Sr. Hugo Costa (PS): — No caso dos apoios à produção, estamos a falar de 180 milhões de euros,
excluindo gasóleo e eletricidade verde.
Aplausos do PS.
Sabemos que era o que alguns desejariam, e, certamente, não teríamos problema nenhum em antecipar o
debate orçamental, mas não é o tempo. Daqui a poucas semanas cá estaremos, mas aproveitamos para
relembrar que o documento da proposta orçamental reduz o IRS das famílias da classe média, cerca de
6 milhões de agregados, em mais de 1,3 mil milhões de euros; além do IRS jovem, em mais de 200 milhões de
euros.
A substituição do IVA por apoios direcionados a quem mais precisa é de inteira justiça social, visto que, em
2024, pelas previsões, a pressão inflacionista está controlada, sendo que a majoração dos abonos de família ou
do complemento solidário para idosos fazem, socialmente, todo sentido.
O Sr. Miguel Cabrita (PS): — Muito bem!
O Sr. Hugo Costa (PS): — São mais de 22 €, por mês, do abono de família, até ao 4.º escalão, e um aumento
do complemento solidário para idosos de 62,45 €.
Quanto ao maior partido da oposição, infelizmente, já vem sendo hábito estar do lado errado da história e,
da mesma forma que, em 2016, votou contra a descida do IVA da restauração, absteve-se no IVA zero dos
produtos essenciais. E, sobre o debate orçamental, apenas sabe usar expressões como «bonitinho» ou
«arranjadinho» e outras bem longe do decoro do debate orçamental.
O Sr. Miguel Cabrita (PS): — Muito bem!
O Sr. Hugo Carneiro (PSD): — Estamos a falar do IVA zero!
O Sr. Hugo Costa (PS): — Em relação à já conhecida proposta de preços máximos que outros partidos aqui
apresentam, o problema é o de sempre: preços máximos distorcem a concorrência e as normais leis da oferta
e da procura. Preços máximos, na teoria económica, só são possíveis ou com um défice tarifário, que alguém
paga, ou com prateleiras vazias. Não queremos isso para o nosso País.
O Sr. Duarte Alves (PCP): — Já foi a uma farmácia?!
O Sr. Hugo Costa (PS): — Voltando à proposta de lei que aqui debatemos, o que está em causa na votação,
daqui a pouco, é simplesmente a estabilidade e a poupança para as famílias com o IVA zero a continuar até ao
final do ano, sabendo que ele já fez o seu caminho, que foi importante, e que, a partir de 1 de janeiro, será
substituído por medidas direcionadas para os mais vulneráveis.
Aplausos do PS.
O Sr. Bruno Nunes (CH): — Uma das medidas é o aumento do IVA!
O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, em nome do Livre, tem a palavra o Sr. Deputado Rui Tavares.