14 DE OUTUBRO DE 2023
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entidades que não foram ouvidas; entre feriados e fins de semana, houve um dia útil para propostas de alteração
a 20 ordens profissionais. Isto foi uma brincadeira. Os senhores andaram a brincar às ordens!
Não houve discussão na especialidade, não houve tempo para refletir, para redigir propostas, para analisar
as propostas. Portanto, isto foi um falhanço total do Partido Socialista e do Governo.
O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Muito bem!
O Sr. Bruno Nunes (CH): — Andam a brincar!
O Sr. Pedro Pinto (CH): — Andam e continuam a gozar com as ordens profissionais, não as querem ouvir.
O PS exigiu um calendário, apesar de todos terem sido contra — todos os partidos foram contra! —, e falhou
todo o processo. Isto é a prova da ditadura socialista, porque não querem ouvir ninguém.
Aplausos do CH.
É uma falta de respeito para com as ordens profissionais.
Sabemos que António Costa não gosta das ordens profissionais, e não gosta delas porque são
independentes.
O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Muito bem!
O Sr. Pedro Pinto (CH): — Por isso, quer fazer duas coisas: ou destruí-las, ou controlá-las.
O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Exatamente!
O Sr. Pedro Pinto (CH): — Nós denunciamos isso e, connosco, não podem contar. Fica claro, clarinho como
a água, aquilo que o Partido Socialista quer e foi uma trapalhada imensa aquilo que aconteceu.
O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Vai ter consequências!
Protestos do Deputado do PS Eurico Brilhante Dias.
O Sr. Pedro Pinto (CH): — Querem controlar as ordens profissionais, mas nós não deixaremos.
Aplausos do CH.
Protestos do Deputado do PS Eurico Brilhante Dias.
O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra, para intervir em nome do Grupo Parlamentar da Iniciativa Liberal,
o Sr. Deputado Rodrigo Saraiva.
O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — Sr. Presidente: Será curioso se os grupos parlamentares que fizeram
avocações não fizerem uma intervenção nestes 2 minutos, mas ficarei à espera.
A Iniciativa Liberal tomou a decisão de se abster em todas as votações que forem feitas relativamente a estas
propostas da reforma das ordens — vamos simplificar e chamar-lhe «reforma das ordens» —, por duas razões
principais.
A primeira é porque dissemos, desde o início, que esta era uma reforma necessária — era preciso haver
menos restrições, menos corporativismo, mais liberdade, mais oportunidades —, mas percebemos, com este
Partido Socialista, que era uma reforma que iria ficar aquém daquilo que achávamos que era necessário.
A segunda razão é por todo o imbróglio, complexidade e surrealidade que foi este processo: o pedido de alta
velocidade para ele se desenrolar; o facto de se pôr, a meio do processo, ainda mais velocidade; o sistema de
votações complexo; o facto de chegarmos a ter tido uma reunião final a decorrer ao mesmo tempo da sessão