I SÉRIE — NÚMERO 20
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Aplausos do PS. O PSD foi sempre um menino bem-comportado, mas foi sempre mau para o País e, portanto, não tem razão
naquilo que diz. Aplausos do PS. O Sr. Jorge Paulo Oliveira (PSD): — Tem, tem! O Sr. José Rui Cruz (PS): — Queria ainda dar nota de que também na gestão de fundos comunitários o
PSD não tem razão. O Sr. João Barbosa de Melo (PSD): — Ai tem, tem! O Sr. José Rui Cruz (PS): — O PS aproximou a gestão dos fundos comunitários de quem precisa deles,
levando-os para as CCDR (comissões de coordenação e desenvolvimento regional), para as CIM (comunidades intermunicipais), para que possam ser geridos junto daquilo que são as precisões. Para o PSD, que foi centralista, o Terreiro do Paço foi sempre onde a gestão deve ser feita.
O PS sabe que o País não é o Terreiro do Paço, contrariamente ao PSD. Protestos do Deputado do PSD Jorge Paulo Oliveira. O Sr. Presidente: — Havia um boato falso sobre esta intervenção ser a última. Tem a palavra, para intervir sobre um artigo 110-A, a Sr.ª Deputada Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda. A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, não há
milagre nenhum em sufocar serviços públicos. Não há milagre nenhum em substituir serviços públicos por políticas de assistencialismo. Não há milagre nenhum em substituir a ideia dos serviços públicos universais acessíveis a todos por bolsas aqui, apoios pontuais ali, devoluções futuras acolá, e responder desta forma a quem, por exemplo, abandona o ensino superior porque as suas famílias, apesar de trabalharem, não conseguem pagar a renda e a propina dos filhos, quanto mais quando estão deslocados.
Para os serviços públicos seria milagre, sim, por exemplo, garantir que o ensino superior tem o investimento público necessário para acabar com as propinas, propinas essas que são um obstáculo à participação e à democratização do ensino superior, como já tantos Deputados do Partido Socialista admitiram no passado.
Portanto, não há milagre nenhum em apresentar um Orçamento que não faz sequer aquilo que o País pode fazer — faz muito menos do que isso — para garantir a democratização da educação e do ensino superior. Acabar com as propinas era o mínimo de justiça para um País que se quer qualificar, mas que não o consegue porque não ganha nem para a renda, muito menos para a propina.
Aplausos do PS. O Sr. Presidente: — Terminamos assim a apreciação dos artigos reservados para hoje. Há ainda duas informações de expediente, pelo que passo a palavra à Sr.ª Deputada Maria da Luz Rosinha. A Sr.ª Secretária (Maria da Luz Rosinha): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, cumpre-me dar conta de que,
da Presidência da República, da Casa Civil do Sr. Presidente da República, chegou a seguinte comunicação: «Em sequência do Projeto de Resolução n.º 955/XV/2.ª — Deslocação do Presidente da República a Londres
e Oxford, serve a presente para solicitar que informe Sua Excelência o Presidente da Assembleia da República de que a deslocação de Sua Excelência o Presidente da República a Londres e Oxford ficou sem efeito.»
Informo ainda que deram entrada na Mesa, e foram admitidas pelo Sr. Presidente, várias iniciativas legislativas.