24 DE NOVEMBRO DE 2023
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Aplausos do CH. O Sr. Presidente: — Para uma intervenção em nome do Grupo Parlamentar do PSD, tem a palavra a Sr.ª
Deputada Helga Correia. A Sr.ª Helga Correia (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: O Estado
falha quando transfere para as instituições do setor social e solidário responsabilidades sem as apoiar de forma a conseguirem a previsibilidade e a estabilidade necessárias para cumprirem a sua nobre missão.
A esquerda tem fechado os olhos a esta realidade denunciada pelo PSD. A prova de que as instituições estão no limite foi dada pela Sr.ª Secretária de Estado quando assumiu, em julho, que o número de pedidos para o Fundo de Socorro Social estava a ser superior ao normal. O subfinanciamento do setor social e solidário necessita de uma resposta urgente.
Assim, propomos que o Governo aprove o apoio adequado às IPSS em 2024, de forma a garantir sustentabilidade financeira das instituições do setor social e solidário, tendo em conta o custo real das respostas, a disponibilidade e reserva de vagas, a inflação, o aumento do salário mínimo nacional e a atualização dos valores de financiamento do PRR e do PARES (Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais).
Propomos também que defina uma majoração na comparticipação no âmbito da cooperação com o setor social, quando é atribuído, por decisão judicial, o estatuto de maior acompanhado.
Propomos ainda que permita que as IPSS possam beneficiar de taxa reduzida de IVA nas empreitadas, construções, conservação e reparação, beneficiação dos prédios, à luz daquilo que acontece já hoje com as autarquias locais.
Assim seja o Partido Socialista capaz de aprovar estas propostas e apoiar o setor social e solidário, dando previsibilidade e estabilidade para o cumprimento da sua missão.
Aplausos do PSD. O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra, em nome do Grupo Parlamentar do PSD, o Sr. Deputado Nuno
Carvalho. O Sr. Nuno Carvalho (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra, Sr.as e Srs. Secretários de Estado, Sr.as e Srs.
Deputados: O acesso universal às creches não significa, naturalmente, que exista uma cobertura universal, porque, de facto, já percebemos que isso não existe. Contudo, deixar de fora as universidades e as creches das universidades significa deixar de fora os trabalhadores, os estudantes, as pessoas que trabalham na secretaria, as pessoas que trabalham na limpeza, os professores. Portanto, isto não significa, como é óbvio, cumprir o acesso universal às creches.
É fundamental que as universidades, e as creches que lá estão, possam estar incluídas neste programa de acesso às creches gratuitas. Tal como é fundamental que em cada freguesia exista um levantamento das vagas que estão disponíveis para não obrigarem os pais a fazerem 20, 30, 40 ou mais quilómetros para creches que estão mais longe, quando há vagas de creches que estão ao pé de si.
Estas duas propostas do PSD fazem face a uma correção de um trabalho que o Governo teve, pois este Parlamento aprovou uma lei com visão e o Governo foi incompetente na execução.
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Não esperas pela demora! O Sr. Nuno Carvalho (PSD): — Portanto, Sr.as e Srs. Deputados, é fundamental corrigir este erro, sem
apontar o dedo ao PSD. Não foi o PSD, Sr.as e Srs. Deputados do Partido Socialista — já ouvimos aqui isto várias vezes —, que matou este Orçamento. Foi António Costa. E, antes disso, não foi o PSD que andou aos tiros a este Orçamento. Foi Pedro Nuno Santos, a quem muitos Deputados ainda há poucos dias estiveram a bater palmas.
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Conselhos eleitoralistas!