24 DE NOVEMBRO DE 2023
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O Partido Socialista pensa nos jovens quando assegura medidas que fixem estudantes no ensino superior. A verdade é que muitos estudantes entram na faculdade e uma grande parte deles vive em ansiedade a questionar se amanhã ainda estará lá. Foi a pensar nestes jovens e na sua estabilidade que se propôs: o aumento do complemento de deslocação para estudantes bolseiros deslocados de 250 € para 400 €; o aumento de 300 € para 400 € na dedução fiscal das rendas de estudantes deslocados; a atribuição do complemento de alojamento e deslocação a estudantes em estágios curriculares; o reforço de 40 €, por mês, por estudante bolseiro em residência, e de 1 €, por refeição, na ação social indireta do ensino superior; e, entre outras, a regulamentação das taxas de emolumentos, assegurando que estas são proporcionais e os estudantes não pagam por aquilo que já devia estar pago com a propina.
O Partido Socialista pensa nas pessoas quando assume o compromisso de combater a precariedade e promover a estabilidade no emprego. Através do Converte+, que é um incentivo financeiro concedido às empresas para que convertam contratos de trabalho a termo em contratos de trabalho sem termo, foram recebidas 48 000 candidaturas na 1.ª edição, o que é revelador do sucesso desta medida.
Recordo que o Converte+ vigorou até março de 2020, pelo que urge assegurar a sua renovação, não obstante o balanço sobre as adaptações a fazer a esta mesma medida. Bem sabemos a importância que esta medida tem nos jovens, uma vez que são a faixa etária mais vulnerável à precariedade. A conversão destes contratos implica uma maior perspetiva de estabilidade laboral e a possibilidade de os jovens se emanciparem e constituírem uma família.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, sabemos que estas propostas provavelmente não serão suficientes para resolver todos os problemas dos jovens. No entanto, temos a consciência de que são propostas objetivas e exequíveis para resolver os desafios dos jovens sem recorrer ao populismo e à demagogia. É a pensar precisamente nos jovens que as propomos, porque não queremos só e apenas proteger o seu futuro, mas também que vivam em pleno o seu presente.
Aplausos do PS. O Sr. Presidente: — Para intervir em nome do Governo, tem a palavra a Sr.ª Ministra Adjunta e dos Assuntos
Parlamentares. A Sr.ª Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, na
verdade, mesmo em circunstâncias difíceis onde o aumento do custo de vida se faz sentir face aos níveis de inflação, mesmo como sucedeu no passado, quando tivemos uma pandemia como aquela que vivemos, provámos sempre que as respostas de um Estado social forte e robusto eram condição essencial para conferir dignidade às pessoas.
É por isso, Sr.as e Srs. Deputados, que o Governo apresenta a esta Assembleia da República e ao País um orçamento na área da segurança social que reflete bem o caminho que iniciámos em 2016 e que tem sido de reforço permanente das prestações sociais, das pensões e do que deve ser a sustentabilidade da nossa segurança social.
Por conseguinte, Sr.as e Srs. Deputados, gostava de recordar que as pensões viram sempre aumentos em todos os Orçamentos — em 2016, 2017, 2018, 2019, 2020, 2021, 2022, 2023 e também para 2024 —, as pensões tiveram seis aumentos intercalares, um dos quais em julho deste ano, e as pensões sobem este ano 6,2 %.
Aplausos do PS. Isso é bem acima da inflação, precisamente porque consideramos que é essencial responder àqueles que
trabalharam uma vida. Mas gostava, Sr.as e Srs. Deputados, de relembrar à Câmara algo que já hoje aqui disse: é absolutamente
essencial o aumento em 62 € por mês do complemento solidário para idosos, exatamente porque garante que nenhum pensionista com as pensões mais baixas ficará abaixo do limiar de pobreza, ao contrário do que o Sr. Deputado José Soeiro disse há instantes.