25 DE NOVEMBRO DE 2023
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O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — É por isso que o único discurso positivo neste Hemiciclo é o do PS. Aplausos do PS. É isto que é preciso: temos de fazer avançar o País. O Sr. Bruno Dias (PCP): — Mas o PS vai parar de privatizar?! O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Os senhores só fazem com que o País ande para trás. O País não vai parar e não vai parar nem a 10 de março! Aplausos do PS. O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Falou o Pinóquio! O Sr. Presidente: — Passamos agora ao debate da proposta 1806-C, de aditamento de um artigo 80.º-A
— Renovação do programa CONVERTE+. Para uma intervenção, em nome do Grupo Parlamentar do PS, tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Costa
Matos. Peço silêncio à Câmara. O Sr. Miguel Matos (PS): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra, Sr.as e Srs. Secretários de Estado, Sr.as e
Srs. Deputados, nos próximos meses vamos ouvir — se calhar, com todo este barulho — muito daquilo que é o País que queremos. Mas, quando chegamos a alguns eleitores, quando chegamos, sobretudo, à minha geração, isto parece mais um discurso do «quem dá mais». Propostas não faltam, mas, na verdade, o que falta muitas vezes é a coragem de fazer.
Se formos ver, nestes últimos oito anos, quando chegou a altura de termos passes mais baratos, manuais gratuitos, creches gratuitas, reforma das leis laborais, subida do salário mínimo, alguns, como o PS, ousaram fazer e outros votaram contra.
Aplausos do PS. Protestos do CH. De facto, não conta ser muito eloquente aqui a criticar o País que temos: é preciso mesmo saber construir
o País que queremos ter, e este Orçamento é a corporização de sermos consequentes. Hoje, quem fechou residências diz que faltam residências, mas nós inscrevemos 520 milhões de euros no
PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) e a obra está em curso em todo o País. Ser-se consequente é não deixar os estudantes à espera e aumentar o apoio do complemento de
alojamento, que em 2015 era de 73 € e agora, no máximo, supera os 400 €. Quem cortou bolsas sabe que, hoje, elas chegam a mais jovens, mais cedo. Quem mandou os jovens
emigrar sabe que, hoje, temos uma economia que cresce 10 vezes mais, salários 40 % superiores, e não esperámos a mão invisível do mercado para dar incentivos fiscais para as empresas aumentarem os rendimentos.
Este Orçamento, Sr. Presidente, com as propostas de alteração em sede de especialidade, corporiza como é que podemos ir mais além: regulamentar taxas e emolumentos, verdadeiras propinas escondidas; apoiar os estudantes em estágios curriculares, nos custos do alojamento e da deslocação; aumentar o complemento de deslocação que tínhamos criado há dois anos, de 250 € para 400 €; para todas as famílias, aumentar em 100 € o apoio nas rendas dos estudantes deslocados; combater a precariedade não só com leis, mas também com um incentivo financeiro para converter os contratos a termo em contratos sem termo.