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25 DE NOVEMBRO DE 2023

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A Sr.ª Patrícia Gilvaz (IL): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, a educação é fundamental para formar pessoas livres, promover a igualdade de oportunidades e fazer com que o elevador social, estagnado há demasiado tempo no nosso País, volte finalmente a funcionar.

Sociedades mais instruídas são sociedades mais livres e com um maior potencial de crescimento e desenvolvimento socioeconómico.

Foi precisamente por isso que a Iniciativa Liberal, neste Orçamento do Estado, apresentou medidas para a educação, incentivando-a neste caso por via fiscal.

A proposta de alteração que gostaria de destacar é aquela que representa uma desoneração fiscal do custo da educação, porque na verdade a educação é sempre um investimento.

Propomos aumentar os limites da dedução das despesas de educação no IRS (imposto sobre o rendimento das pessoas singulares) de 800 € para 900 €, para evitar um aumento fiscal encapotado; propomos aplicar esse limite por cada membro do agregado familiar, para não prejudicar famílias com mais filhos ou cujos adultos invistam em formação; propomos aumentar as deduções do arrendamento estudantil no ensino superior, para aliviar as famílias com filhos deslocados.

Para a Iniciativa Liberal, a educação é ainda mais essencial para os alunos mais vulneráveis, precisamente por esta ser uma das poucas vias que lhes abre as portas à mobilidade social.

Foi por isso que apresentámos uma outra proposta, para alargar a Ação Social Escolar, essencial para garantir a igualdade de oportunidades nesta altura de agravamento da situação financeira de várias famílias.

Para a Iniciativa Liberal, a educação deve centrar-se no aluno, independentemente da natureza da escola que este frequente. Por isso, propomos que o Estado atualize os apoios financeiros às escolas privadas, fixados há demasiados anos.

Infelizmente, ainda muito mais há a fazer para garantir, por um lado, uma educação centrada nos alunos, com maior autonomia administrativa, financeira e pedagógica das escolas e uma real liberdade de escolha para as famílias, e, por outro lado, uma educação que garanta igualdade de oportunidades e as aprendizagens dos alunos e que lhes dê as bases para um futuro mais promissor, num contexto socioeconómico em constante mudança.

Esta é a visão da Iniciativa Liberal. Definitivamente, uma visão muito diferente da visão miserabilista do Governo do Partido Socialista. Em oito anos de Partido Socialista assistimos a quatro anos letivos com disrupções no funcionamento das escolas, greves dos professores e alunos sem aulas, falhas na recuperação de aprendizagens, escassez de professores, e aumento da procura por vagas em colégios privados e centros de explicações para apoio à aprendizagem.

Para a Iniciativa Liberal, a educação pode e tem de ser um espaço de formação de qualidade para todos, de acesso garantido a todos e criadora de cidadãos autónomos, ao mesmo tempo que é um espaço de realização pessoal para todos aqueles que nela trabalham e dão o melhor de si todos os dias.

Enquanto esta for uma visão de exceção e não a regra, o Estado está a falhar e será responsável pelo falhanço na qualificação das próximas gerações, que vão ver os seus sonhos adiados por incompetência do Partido Socialista.

Vozes da IL: — É verdade! A Sr.ª Patrícia Gilvaz (IL): — Sr.as e Srs. Deputados, a Iniciativa Liberal quer mais, os portugueses

merecem melhor. Aplausos da IL. O Sr. Presidente: — Ainda no âmbito do artigo 111.º, temos agora a proposta 1119-C, apresentada pelo

BE, que adita um artigo 111.º-A — Compensação a docentes deslocados. Tem a palavra a Sr.ª Deputada Joana Mortágua. A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, acho que fiquei esclarecida quando, há pouco, o

Sr. Secretário de Estado da Educação disse que o único problema que havia na escola pública era alguns alunos não terem aulas por falta de professores. Nós deixámos de reconhecer um problema estrutural de falta