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I SÉRIE — NÚMERO 21

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A falta de transporte público é um problema real, um problema grave, e não teve nem está a ter a resposta que se impunha, porque o Governo PS não quis ouvir os trabalhadores nem os utentes dos transportes e rejeitou as propostas do PCP que traziam soluções para estes problemas. Não foi por azar, foi por opção, e este Governo e esta maioria, que tiveram todas as condições para decidir as medidas necessárias, têm de assumir a responsabilidade pelas suas opções nesta matéria.

Voltamos a lembrar: quando faltam transportes, dia após dia, as pessoas não apanham as contas certas, de manhã, para irem trabalhar,…

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Exatamente! O Sr. Bruno Dias (PCP): — … mas quem antes tomou as opções erradas, pode, daqui para a frente, tomar

as opções certas. Aplausos do PCP. O Sr. Presidente (Adão Silva): — Passamos à proposta 870-C, do PSD, de aditamento de um

artigo 120.º-D — Congelamento da atualização da taxa de utilização das infraestruturas ferroviárias, e tem a palavra para intervir o Sr. Deputado Jorge Salgueiro Mendes.

O Sr. Jorge Salgueiro Mendes (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do

Governo, em 1974, Sérgio Godinho brindou-nos com a música Liberdade: «Só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, habitação, saúde, educação.»

Vozes do PCP: — Muito bem! O Sr. Jorge Salgueiro Mendes (PSD): — Sr.as e Srs. Deputados do Partido Socialista, com tantos milhões

que o Governo promete às famílias e às empresas, mais os milhões do PRR, como explicam que esta canção esteja tão atual passados 50 anos do 25 de Abril?

Não terão os portugueses motivos de sobra para estarem desiludidos com o Governo do Partido Socialista? Desilusão com oito anos de promessas sistematicamente adiadas, a exemplo do Ferrovia 2020; desilusão com um Governo que dá sinais contraditórias ao setor ferroviário ao permitir a aplicação de portagens no acesso dos comboios ao Porto de Sines e, simultaneamente, o agravamento da taxa de uso de infraestruturas ferroviárias para 2024; desilusão com o Governo que mantém a injustiça territorial na distribuição das verbas do PART, o Programa de Apoio à Redução Tarifária, com 80 % das verbas a ficarem em Lisboa e no Porto.

Sr.as e Srs. Deputados, urge corrigir esta injustiça com o respetivo reforço orçamental, em 2024, e outras medidas de promoção da coesão territorial, a exemplo da proposta do PSD de alargamento do passe ferroviário nacional aos comboios inter-regionais. Isto, sem agravamento de custos, nem para os operadores nem para o Orçamento do Estado para 2024, para, verdadeiramente, não deixarmos ninguém para trás.

Aplausos do PSD. O Sr. Presidente (Adão Silva): — Segue-se a proposta 1137-C, do Bloco de Esquerda, de aditamento de

um artigo 120.º-A — Redução dos passes dos transportes coletivos de passageiros, e tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Pires.

A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Sr. Presidente, a redução tarifária é uma medida de grande importância — tem

sido — para os rendimentos das populações, ao reduzir o custo das deslocações diárias em transportes públicos, e, obviamente, também tem uma importância central na resposta às alterações climáticas. Mas, por isso mesmo, é relevante continuar a diminuir o preço dos passes dos transportes coletivos, e a proposta que temos é para que os mesmos possam passar para 15 € e 20 €, respetivamente para os passes municipais e intermunicipais.