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I SÉRIE — NÚMERO 21

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Portanto, falar de coesão territorial não pode ser só mesmo isso: falar. É preciso concretizar, e o fim das portagens nas ex-SCUT é um ponto de partida fundamental, porque penalizar populações que as usam para trabalhar ou até para se deslocarem a hospitais — porque o seu está fechado e têm de ir até mais longe —, tendo de pagar portagens, é injusto. E mais injusto é porque falamos de zonas em que, como sabemos, a oferta ferroviária é muito escassa ou praticamente inexistente, para não falar de outras formas de transporte coletivo.

Portanto, é tempo de fazer cumprir o que tem vindo a ser prometido e de responder pelas populações e pela economia do interior do País.

Aplausos do BE. O Sr. Presidente (Adão Silva): — Para uma intervenção, ainda no âmbito do capítulo dos transportes, tem

a palavra a Sr.ª Deputada Berta Nunes, do Partido Socialista. A Sr.ª Berta Nunes (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, este é um Orçamento que reforça a

coesão territorial e combate o despovoamento dos territórios do interior. A diminuição das portagens nas autoestradas do interior e Algarve, em 30 % face aos preços atuais e em

65 % face às tarifas de 2011, é uma medida importante para a redução dos custos de contexto das empresas sediadas no interior e para facilitar a mobilidade de quem vive nesses territórios.

O Plano Ferroviário Nacional, que em circunstâncias normais deveria vir em breve à Assembleia da República e que já esteve em discussão pública, prevê investimentos na ferrovia no interior, investimentos que durante muitos anos estiveram parados e que hoje retomaram.

Dois exemplos muito importantes para a Região Norte e interior são a ligação ferroviária Porto-Bragança-Zamora e a ligação entre Pocinho e Barca d’Alva, que já têm concurso lançado para a execução do projeto, e esperamos que continue a obra com os futuros Governos.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — A obra não começou! Continuar o quê?! A Sr.ª Berta Nunes (PS): — Estes investimentos na ferrovia, após longos anos de paragem, significam

uma nova esperança para o desenvolvimento das regiões do interior e a sua ligação à Europa. Este Orçamento tem também — não nos transportes, mas na conectividade — 172 milhões de euros, até

2030, para aumentar a conectividade digital, o que é muito relevante para os territórios do interior com grandes falhas e insuficiências nesta área.

No Conselho de Ministros de ontem, foi aprovado o lançamento do concurso internacional para a instalação, gestão, exploração e manutenção de redes de fibra ótica nos territórios onde ela não existe, um investimento de 425 milhões de euros em que 172 milhões de euros são de fundos nacionais. Este é um investimento da maior importância para a competitividade dos territórios do interior, sendo apenas três as medidas a reforçar neste Orçamento, que dá continuidade ao reforço das políticas de coesão territorial, iniciadas, no primeiro Governo de António Costa, com a Unidade de Missão para a Valorização do Interior e o Programa de Valorização do Interior, aprovado em 2017, e continuadas, nos segundo e terceiro Governos, com o Ministério da Coesão Territorial,…

A Sr.ª Susana Amador (PS): — Muito bem! A Sr.ª Berta Nunes (PS): — … que esperamos que seja continuado nos próximos Governos. O Sr. Bruno Dias (PCP): — Continuar o quê?! A Sr.ª Berta Nunes (PS): — De facto, esperamos que a coesão territorial continue a ser uma prioridade

nas políticas dos futuros Governos. Aplausos do PS.