I SÉRIE — NÚMERO 21
48
áreas protegidas, onde foram reforçados vários aspetos operacionais relacionados com a cogestão de parques e de reservas naturais. Esta lei tem por base uma iniciativa do PSD que acolheu várias alterações, resultando na aprovação, com voto favorável do PS e do PSD.
A importância da reintrodução deste cargo pode ser constatada num parecer do Conselho Nacional do Ambiente e Ação Climática, de 2021, e também no estudo Biodiversidade 2030. Em face das alterações aprovadas, importa assegurar que, em 2024, as áreas protegidas conseguirão ter diretores em funções executivas, responsáveis pela gestão operacional no dia a dia, integrados organicamente no ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) e, naturalmente, devidamente articulados com as respetivas comissões de cogestão.
Portanto, com a presente proposta de alteração ao Orçamento do Estado, pretende-se garantir que esta mudança institucional tenha o devido suporte financeiro para ser operacionalizada, pelo que, em coerência com a lei aprovada, esperamos do Partido Socialista a sua viabilização.
O Sr. Presidente (Adão Silva): — Passamos à proposta 1122-C, do Bloco de Esquerda, de aditamento de
um artigo 125.º-A — Limitações e restrições à aterragem e descolagem de voos privados em território nacional.
Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares. O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, este Orçamento do Estado era o Orçamento do IUC
(imposto único de circulação), em que o Governo dizia que, para a transição ambiental, tinha de carregar sobre os mais pobres. Ora, nós dizemos que isso não é aceitável.
O Governo carregava sobre os mais pobres, mas não tocava nos jatos privados, altamente poluentes;… O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Como sempre! O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — … carregava sobre os mais pobres, mas não tocava nos cruzeiros de
luxo, altamente poluentes. A transição energética, para este Governo, é feita defendendo os ricos, calcando os mais pobres. O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Fazem sempre isso! O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Isto é inaceitável, é um ataque a qualquer ideia de transição ambiental
que seja progressista e, por isso, propomos esta alteração estratégica: que se deixe de taxar o IUC como era intenção do Governo — finalmente o PS ganhou juízo —; que se proíbam os jatos privados, que só trazem poluição; e que se obrigue à eletrificação dos cruzeiros, que tão mal fazem às nossas cidades, particularmente a Lisboa e a Matosinhos.
Aplausos do BE.Protestos do PS. O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Eletrificação dos cruzeiros?! O Sr. Presidente (Adão Silva): — Permitam-me que peça um pouco mais de silêncio às Sr.as e
Srs. Deputados. Pausa. Agora sim, no âmbito do artigo 126.º — Apoio a agricultores, aquicultores e pescadores, constante da
proposta de lei, dou a palavra ao Sr. Deputado do Grupo Parlamentar do PS João Nicolau.