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I SÉRIE — NÚMERO 22

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quais o Estado tem uma dívida de gratidão pelos milhares de animais que, de norte a sul do País, continuam a

acolher.

Resta saber como é que logo à tarde a bancada do Partido Socialista vai votar estas duas medidas: se ao

lado dos portugueses e das associações, ou se vão ficar fechados no seu brilharete do excedente orçamental

para fazer aqui, face a Bruxelas e mais uma vez, o papel do bom aluno.

O Sr. Presidente: — Para intervir sobre o mesmo artigo, tem a palavra o Sr. Deputado André Ventura, do

partido Chega.

O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Presidente de algumas bancadas, Sr. Deputado Bruno Dias, nós estamos

de acordo:…

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Não estamos, não! Não se preocupe!

O Sr. André Ventura (CH): — … há um problema de aumento das rendas sobre os inquilinos. Mas há uma

grande diferença: nós sabemos o que é a propriedade privada e como a proteger, e os senhores, aparentemente

não sabem.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Só no PCP!

O Sr. André Ventura (CH): — Quer dizer, os senhores, com as vossas sedes, façam o que entenderem,…

Risos do Deputado do CH Pedro Pinto.

… mas não podem é dizer às pessoas que famílias que toda a vida pouparam para ter uma casa e a puseram

no mercado de arrendamento, depois se alguém perde o emprego não pode ser despejado.

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — É verdade!

O Sr. André Ventura (CH): — Os senhores querem matar o mercado completamente. Aos milhares de

famílias que com as suas poupanças de toda uma vida arranjaram uma casa ou outra, os senhores dizem que

a quem tiver perdido os rendimentos não é admitido o despejo.

Isto é um absurdo! É simplesmente matar o direito de propriedade, é matar as poupanças, é dizer às pessoas

«que se lixem!», é dizer «uns pagam pelos outros», em vez de ser o Estado, de que os senhores tanto gostam

e que tanto gosta de cobrar impostos, a pagar.

Não! Há um problema? Temos de proteger quem paga rendas? Temos, mas não é à custa das outras

famílias. Que pague o Estado que tem dinheiro para isso!

Aplausos do CH.

O Sr. Presidente: — Vejo-me obrigado a recordar ao Sr. Deputado André Ventura que há expressões que

não devem ser usadas no Parlamento.

A Sr.ª Rita Matias (CH): — Orgia, pode! Que se lixe, não!...

O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada Isabel Pires, para intervir em nome do grupo… O Sr. Deputado André

Ventura pretende intervir, faça favor. Sabe os termos em que tem de se dirigir?

O Sr. André Ventura (CH): — Sei, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: — Faça favor.