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29 DE NOVEMBRO DE 2023

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Repito: vão assistir a um brutal aumento de impostos que irá asfixiar as famílias, as empresas e os jovens

deste País.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Passamos agora ao artigo 143.º da proposta de lei, ainda sobre o IRS, estando inscrita

para uma intervenção a Sr.ª Deputada Inês de Sousa Real, do PAN, que não está presente.

Tentamos, então, dar a palavra à Sr.ª Deputada Isabel Pires, do Bloco de Esquerda, que a aceita. Faça favor.

A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr.as Deputadas, o regime dos residentes não

habituais, já o dissemos, é um regime que não tem qualquer sentido e que já não deveria existir no nosso País,

por duas razões absolutamente óbvias: por um lado, é um regime que nos faz perder enquanto País, em cada

ano, mais de 1000 milhões de euros de impostos que não são cobrados, mas, por outro, tão ou mais grave no

contexto em que vivemos, porque continua a promover a especulação imobiliária e a fazer das nossas

habitações, das nossas cidades, apenas mais uma mercadoria…

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Não faz nada!

A Sr.ª Isabel Pires (BE): — … para ser vendida com os impactos sociais que tem tido, do ponto de vista da

crise da habitação.

O que é que o Partido Socialista e o Governo propõem, neste momento, fazer? É manter, por mais um ano,

este regime que não tem qualquer sentido, que faz o País perder impostos, mas que, acima de tudo, faz as

famílias perderem habitação nas nossas cidades.

Portanto, não podemos deixar passar em claro, novamente, este recuo permanente do Partido Socialista em

não responder à crise da habitação.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Sobre o mesmo artigo, tem agora a palavra o Sr. Deputado Carlos Pereira, do Grupo

Parlamentar do PS.

O Sr. Carlos Pereira (PS): — Sr. Presidente, Srs. Secretários de Estado, Sr.ª Deputada, em nome do Partido

Socialista, vou abster-me de comentar a bondade ou a não bondade do regime de residentes não habituais e

vou, basicamente, falar do que se trata nesta proposta.

Nesta proposta há, sobretudo, três coisas importantes: credibilidade, confiança e responsabilidade.

Aplausos do PS.

Qualquer Estado de bem que tem um regime desta natureza, que dura há muitos anos, não o termina

abruptamente, colocando falsas expectativas nas pessoas. E, portanto, o que o Grupo Parlamentar do Partido

Socialista e o Governo fazem é criar aquilo que é óbvio num Estado que quer ter o bom nome salvaguardado,

ou seja, um regime de transição que salvaguarda aquelas pessoas e aquelas entidades que já iniciaram um

processo e cujas expectativas obviamente não podem ser defraudadas.

Lamento, mas a pergunta que quero fazer à Sr.ª Deputada é se acha mesmo que proteger o País, proteger

Portugal é acabar abruptamente um regime desta natureza, que atraiu pessoas de fora do País que foram

importantes para o desenvolvimento do País, sem dar nenhuma alternativa, como um regime de transição,

àqueles que já iniciaram o processo de residente não habitual.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado tem dois pedidos de esclarecimento.