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I SÉRIE — NÚMERO 24

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Mas, Srs. Deputados, pelo menos, ainda vão a tempo nesta norma do imposto da ponte. É tão simples: votem

a favor e eliminem isto, que é uma autêntica bizarria e só mostra que vocês são incapazes de mudar quando se

trata de cobrar menos.

Aplausos da IL.

O Sr. Presidente: — Sobre o mesmo tema, tem agora a palavra o Sr. Deputado Pedro Pinto, do Grupo

Parlamentar do Chega.

Peço à Assembleia mais algum silêncio, para que nos possamos ouvir uns aos outros.

Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Sr. Presidente de algumas bancadas, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs.

Deputados, este é o País das contribuições. A contribuição sobre a indústria farmacêutica, quem é que paga?

Os portugueses. A contribuição sobre o setor energético, quem paga? Os portugueses.

O Sr. Duarte Alves (PCP): — Ah, vai falar da EDP (Energias de Portugal)!

O Sr. Pedro Pinto (CH): — A contribuição sobre a indústria petrolífera, quem paga? Os portugueses.

São sempre os portugueses, são sempre os mesmos a pagar. Pagar, pagar, pagar, pagar! É para isso que

os portugueses vivem e é isso que o Partido Socialista não consegue solucionar.

Aplausos do CH.

Este é um mau Orçamento, sempre o dissemos, e, agora, passou a ser um Orçamento eleitoralista, por muito

que digam que não, e, além de eleitoralista, é também um Orçamento contraditório. Contraditório porquê? Vou-

vos dar um exemplo muito rápido, através de uma proposta do Partido Socialista de incentivo ao abate de

veículos ligeiros. É para quê? É devido à qualidade do ambiente. Mas depois… O Governo tinha proposto o fim

do IUC e o Partido Socialista, como num toque de magia, disse: «Estávamos a brincar! Não queríamos nada…».

Ou seja, o Partido Socialista não queria nada 25 € a mais no IUC! Afinal, as pessoas…

Protestos de Deputados do PS.

Não é assim tão mau! O ambiente?! Que se lixe o ambiente! Afinal não vamos aumentar o IUC, vai continuar

na mesma.

Ou seja, contradição total do Partido Socialista, o que significa que não ligaram nenhuma ao ambiente.

Protestos de Deputados do PS.

É um Orçamento eleitoralista, mas continua a falhar a quem trabalha, continua a falhar aos médicos, continua

a falhar aos professores, continua a falhar às forças de segurança e continua a falhar aos jovens, que, cada vez

mais, têm de emigrar para terem uma vida melhor.

Aplausos do CH.

O Sr. Presidente: — Sobre o mesmo tema, tem agora a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares, do

Bloco de Esquerda.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o Sr. Deputado João Cotrim

Figueiredo disse que esta era a proposta mais higiénica deste Orçamento do Estado. Sr. Deputado, devo

concordar, porque ela permite-nos tirar a limpo o que une o Chega e a Iniciativa Liberal, e porventura até o PSD.