O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

12 DE JANEIRO DE 2024

31

Sr. Presidente, Srs. Deputados, cada euro que é disputado em investimentos sem retorno, em despesas sem controlo, em projetos sem avaliação ou em favores sem vergonha é 1 € que é retirado às pessoas que trabalharam para o ganhar. É também 1 € que não contribui para o crescimento económico, o que — e a Iniciativa Liberal não se cansa de o dizer — deveria ser o nosso grande desígnio.

Quando o Estado decide o destino do euro que cobrou em impostos, o destino desse euro deixa de ser decidido pelas próprias pessoas. E é por isso que o papel do Estado deve ser, sobretudo, o de fazer aquilo que as pessoas não são capazes de fazer por si próprias.

Respeitar a autonomia, a soberania e a liberdade individuais é reconhecer que são as pessoas quem melhor sabe o destino que devem dar à sua vida e ao seu dinheiro. Porque, Sr.as e Srs. Deputados — mais uma vez, e para que ninguém se esqueça —, o dinheiro não é do Estado, o dinheiro é das pessoas.

Aplausos da IL. Com a sua permissão, Sr. Presidente, hoje é a última vez que me dirigirei ao Plenário da Assembleia da

República, neste Hemiciclo, e, portanto, gostava só de gastar 1 minuto para assinalar essa despedida. O Sr. Pedro Pinto (CH): — Mais 1 minuto?! O Sr. João Cotrim Figueiredo (IL): — Durante mais de quatro anos fui Deputado nesta Casa. Gostava de

ter a certeza de que cumpri bem o mandato que os eleitores me conferiram e de que não desmereci a dignidade deste órgão, mas, como ninguém é bom juiz em causa própria e porque tenho noção dos limites das minhas aptidões, guardo as minhas certezas para outras coisas.

Tenho a certeza, por exemplo, de que aprendi muito, e com muita gente; de que recebi muita ajuda, e de muita gente; e também de que terei sido injusto ou irritante, espero que não para muita gente.

Risos do Deputado do CH Pedro dos Santos Frazão. A todos os que me ensinaram e a todos os que me ajudaram, o meu muito obrigado. Àqueles que ofendi ou

irritei, as minhas desculpas; tenho a atenuante de o ter feito sem intenção, certamente por estar focado no dever e no meu propósito de fazer Portugal mais liberal.

Não me levarão a mal se dirigir um agradecimento com especial emoção ao meu grupo parlamentar, ao gabinete parlamentar e aos serviços e funcionários do Parlamento, a quem devo tanta e tão boa ajuda. Muito obrigado! Foi uma honra partilhar este pedacinho de caminho com todos vós.

Até sempre! Aplausos da IL, de pé, do PSD, com Deputados de pé, do L e de Deputados do PS, do CH e do BE. O Sr. Presidente: — Com o acordo da Iniciativa Liberal, estes 2 minutos a mais serão descontados no tempo,

aliás robusto, de que dispõe como partido interpelante. A má notícia, Sr. Deputado João Cotrim Figueiredo, é que não fez a última intervenção, visto que tem dois pedidos de esclarecimento.

Risos. Ainda vai fazer outra intervenção, e será um grande gosto para nós ouvi-lo. Mas, seguindo a ordem habitual nas interpelações, vai agora abrir o debate, em nome do Governo, o

Sr. Secretário de Estado do Tesouro. O Sr. Secretário de Estado do Tesouro (Pedro Sousa Rodrigues): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados:

Coincidindo este debate, subordinado ao tema «Estado e empresas. O papel do Estado e o respeito pelo contribuinte», com a fase final desta Legislatura, parece-nos relevante e importante iniciar a nossa intervenção por enquadrar e definir, de forma clara e objetiva, o que é o setor empresarial do Estado, o trabalho que temos