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I SÉRIE — NÚMERO 39

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O Sr. Presidente: — Registaram-se junto da Mesa dois Deputados para fazer pedidos de esclarecimento ao

Sr. Deputado João Cotrim Figueiredo e cinco Deputados para fazê-los ao Sr. Secretário de Estado do Tesouro. Começando pelos pedidos de esclarecimento ao Sr. Deputado João Cotrim Figueiredo, que responde em

bloco, começo por dar a palavra ao Sr. Deputado Gabriel Mithá Ribeiro, do Grupo Parlamentar do Chega. O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Agora é que vai ser! O Sr. Gabriel Mithá Ribeiro (CH): — Sr. Presidente de algumas bancadas, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados, Sr. Deputado João Cotrim Figueiredo, os partidos políticos que promovem o ascendente relativo da sociedade sobre o Estado geram sempre maior liberdade, maior autonomia das instituições, dinamismo das economias, defesa das empresas e alívio da carga fiscal.

O PS, o PCP e o Bloco de Esquerda sabem que promovem o inverso. Nunca hesitam em defender o ascendente do Estado sobre a sociedade. O resultado é sempre o empobrecimento e a ilusão da liberdade. É por isso que o cordão sanitário do partido Chega começa no Partido Socialista, mas é também por isso que não temos problemas de princípio com a IL nem com o PSD. Que isso fique claro.

O partido Chega também defende, acima de tudo, a autorresponsabilidade. Essa é a essência do ser humano. E nunca abriremos mão da solidariedade. Essa é a essência da vida social.

Dado o seu ódio à autorresponsabilidade, inequívoco no caso das minorias, PS, PCP e Bloco de Esquerda fazem sempre da solidariedade social escrava do parasitismo social e da subsidiodependência.

Aplausos do CH. Somos os únicos a ir a eleições exatamente para combater o parasitismo social e a subsidiodependência,

protegendo, ao mesmo tempo, a solidariedade social e os contribuintes. Há neste Parlamento dois universos inconfundíveis, o da esquerda e o do partido Chega. Os socialistas vão continuar a insistir no rumo.

De que lado está a IL? Já agora, desculpem, e o PSD? Não me parece que a 10 de março os portugueses escolham quem cria parasitas sociais e subsídiodependentes, mas também não vão escolher quem não sai de cima do muro.

Aplausos do CH. O Sr. Presidente: — Para um pedido de esclarecimento em nome do Grupo Parlamentar do PS, tem a

palavra o Sr. Deputado António Pedro Faria. O Sr. António Pedro Faria (PS): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra e Srs. Secretários de Estado, Sr.as e

Srs. Deputados, o mais comum dos portugueses que, por curiosidade, for ver a agenda da Assembleia da República de hoje ficará a pensar no que terá acontecido, pois vão ver um debate agendado pela Iniciativa Liberal com o tema «Estado e empresas. O papel do Estado e o respeito pelo contribuinte», e ficarão a pensar no que é que aí virá. É que todos sabemos a opinião da Iniciativa Liberal relativamente a empresas públicas. Privatizar, privatizar, privatizar!

Aplausos do PS. Mas poderemos perguntar: e então a prestação de serviço público à população? Responderá a Iniciativa

Liberal: «O privado que assegure». Mas, assim, poderemos assegurar que a culpa de não funcionar nunca será nossa, será sempre do privado. A isto, no Norte, chama-se, literalmente, «sacudir água do capote».

Há uma maioria nesta Câmara, e em Portugal, que acredita que as empresas públicas têm um importante papel social e que existem para prestar um bom serviço aos cidadãos. Obviamente, se a isto conseguirmos conciliar bons resultados financeiros, melhor ainda. Mas, para a Iniciativa Liberal, o mais fácil não é pensar em como melhorar esse serviço prestado, pois, para isso, são necessárias ideias e, como estas escasseiam, o mais