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I SÉRIE — NÚMERO 39

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Sr. Deputado. Sacudir a água do capote? Eu, aí, recebia lições do PS de, realmente, sacudir a água do capote. Porque o PS está, especialmente agora, numa fase de negação absoluta de todas as suas responsabilidades. O Sr. Deputado resolveu pegar no exemplo da saúde e dizer que queremos privatizar, que toda a saúde é para privatizar. O Sr. Deputado leu a nossa proposta sobre saúde? Leu?

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Leu! O Sr. João Cotrim Figueiredo (IL): — Já vi que não. Era só para confirmar, porque não pode ter lido! Entre

aquilo que lá está e uma privatização absoluta, a diferença é total. Entre aquilo que lá está e a vontade de ter um sistema de saúde a funcionar como deve ser, que tire as listas de espera às pessoas e que faça o sistema funcionar de uma vez por todas, retirando os principais empecilhos à sua eficácia, a diferença é total. Portanto, o Sr. Deputado demonstra que não leu.

Por isso, a sua intervenção foi uma série de processos de intenções, que acabou também na CP, processos de intenções que, e tenho muito honra de poder dizer, a generalidade do eleitorado não vai fazer e vai ter essa prova a 10 de março.

As pessoas leem e ouvem a Iniciativa Liberal bem melhor, bem melhor que o Sr. Deputado e que o grupo do Partido Socialista.

Aplausos da IL. O Sr. Presidente: — Passamos, agora, aos pedidos de esclarecimento ao Sr. Secretário de Estado do

Tesouro. O Sr. Secretário de Estado tem cinco pedidos de esclarecimento. Presumindo que responda em bloco, o

primeiro, em nome do Grupo Parlamentar do PCP, cabe ao Sr. Deputado Bruno Dias. Tem a palavra. O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª Ministra e Srs. Secretários de Estado,

Sr. Secretário de Estado do Tesouro, do ponto de vista político, do ponto de vista do desenvolvimento e soberania do nosso País, o balanço que veio trazer a esta Assembleia e as opções políticas que veio aqui justificar, na atuação deste Governo, são uma autêntica declaração de falência, uma declaração de rendição, de capitulação nacional, de desistência de defesa do interesse público, e do interesse do País, face à agenda e aos interesses dos grupos económicos, mas também de guerra aberta à gestão pública e ao setor empresarial do Estado, de que mais uma vez hoje tivemos aqui expressão.

Quando o Sr. Secretário de Estado nos fala do desempenho económico e financeiro, do valor acrescentado bruto e no rol de indicadores dessa carteira de ativos autêntica que nos explicou, é particularmente significativo que se reduza a essa dimensão, a essa abordagem de assembleia de acionistas para apresentar o relatório e contas, quando o Governo tem é de prestar contas sobre os resultados concretos dessa vossa política para a vida das pessoas.

Estar em linha com as boas práticas da OCDE é ter os navios da Armada no Arsenal do Alfeite e não ter as gruas nem as ferramentas necessárias porque os senhores não autorizam o investimento?

O Sr. Duarte Alves (PCP): — Exatamente! O Sr. João Dias (PCP): — Belo exemplo! O Sr. Bruno Dias (PCP): — Quando as pessoas querem apanhar o barco ou o comboio de manhã e ficam

sem transportes, porque faltam meios e faltam trabalhadores nos serviços, as pessoas metem-se nas contas certas e vão trabalhar de manhã?

O Sr. João Dias (PCP): — Belo exemplo!