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18 DE OUTUBRO DE 1978

2-(55)

1—Tem-se presente o requerimento em epígrafe, apresentado pelo Grupo Parlamentar do PCP na sessão da Assembleia da República de 20 de Abril de 1978, sobre o qual se me oferece informar o que segue.

2 — O edifício sito na Avenida do Conselheiro Fernando de Sousa, 11, requerido pelo MIT em Dezembro de 1976, foi construído para uma divisão em 57 unidades. Como tal, os seus serviços, água, gás e electricidade, estavam instalados em igual número de unidades independentes.

No caso concreto da rede interna de abastecimento de energia eléctrica, a situação era a seguin*e:

a) Circuito da EDP (núcleo ex-CRGE): abastecimento de energia por dois cabos com comutação manual, permitindo a utilização independente de qualquer deles em caso de avaria de um;

b) Portinhola onde o cabo referido na alínea a)

era seccionado em três colunas, respectivamente para:

1) Rés-do-chão e sobreloja;

2) Serviços comuns e andares, do 1.º an-

dar (inclusive) até ao 6.° andar (inclusive);

3) 7.° andar até ao 15.° andar;

c) Cada uma das secções destas colunas foi cal-

culada pelo projectista para as citadas 57 unidades independentes, ou melhor, para o conjunto de 1+56 unidades, aquela uma unidade de razoável dimensão e estas de pequena dimensão;

d) Como tal, os quadros eléctricos respectivos

encontravam-se dimensionados de acordo, e se na unidade grande não havia deficiente dimensionamento, o mesmo já não sucedia nas 56;

e) Cada unidade destas tinha o seu abasteci-

mento de energia eléctrica seccionado em:

1) Iluminação e tomadas de serviço;

2) Tomadas de potência destinadas a con-

dicionadores de ar nos vãos das janelas e a convectores para aquecimento em certas paredes.

3 — Em face da divisão verificada no edifício, e como ele deveria vir a funcionar como um todo, planearam-se e executaram-se algumas pequenas transformações, de modo a eliminar essa divisão. Assim:

a) A portinhola foi alterada e construída uma

sala de contadores, tendo os circuitos referidos em 2), alínea b), sido para ali desviados, de modo que as contagens de electricidade passassem a ser efectuadas unicamente em três contadores, os quais, estando a fazer contagens em circuitos de grande amperagem, foram instalados com transformadores de intensidade;

b) Verificou-se ao longo de toda a programação,

em contactos com a EDP (núcleo ex-CRGE) e com a DGEMN, que todos os circuitos eléctricos do edifício estão subdimensionados e de modo algum preparados para funcionamento de uma grande unidade com

boa iluminação (400 lx ao nível dos tampos das secretárias), máquinas eléctricas das mais diversas, circuitos telefónicos, etc), pelo que, devendo pôr-se de parte, por insuficiência de verbas, a alteração da rede de abastecimento de energia eléctrica, que incluía a montagem de um grupo transformador, substituição de colunas e quadros e inúmeras alterações de circuitos, orçadas em mais de 3500 contos, só restava diminuir os consumos de energia programáveis;

c) Assim, considerou-se que o primeiro corte a

fazer poderia ser nos condicionadores de ar.

Mas o edifício tem, praticamente, todas as paredes em janelas corridas, quer na frontaria (nascente/sul) quer nas traseiras (poente), pelo que assim teria condições bastante incapazes no Inverno.

Por outro lado, admitiu-se desde o início que seriam indispensáveis os condicionadores para arrefecimento ambiente no Verão.

Conviria, portanto, arranjar soluções em que se associassem restrições no consumo de energia a algum conforto;

d) Estudou-se o problema.

Eram necessários, para uma refrigeração completa do edifício, 132 condicionadores com cerca de 9000 BTU cada um, em média, e 3 condicionadores com cerca de 12 000 BTU cada um, em média.

Para certas potências caloríficas/frigoríficas as potências dos aparelhos são, em média, variando de marca para marca, mas sendo sempre da mesma ordem de grandeza, respectivamente, 1300 W e 1500 W, só para frio;

e) Quanto ao caso do aquecimento, independentemente por convectores para as mesmas condições médias correspondentes às da alínea anterior, seriam necessárias potências da ordem de 2750 W e 3700 W, isto é, mais do dobro da necessária para arrefecimento e, portanto, no total, 366 kW e 11,1 kW, ou seja, 377,1 kW, o que obrigava a restrições;

f) Foram então encaradas as duas possíveis associações de condicionadores de ar quente/ frio, uma pelo sistema de aquecimento por resistências e outra pelo sistema de inversão do ciclo térmico da máquina frigorífica do condicionador, ou bomba de calor:

f-l) No primeiro caso verificou-se, sempre em valores médios, que, devido à tiragem forçada da ventoinha dos condicionadores, as potências caloríficas necessárias diminuíam de cerca de um terço, ou seja, ainda atingiam, no total, potências de cerca de 250 kW;

f-2) No segundo caso verifica-se que o consumo se mantém da mesma ordem de grandeza do que para a produção de frio e mesmo em certos casos diminui ligeiramente;