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II SÉRIE — NÚMERO 35

Subsidio do FFE—15 000 contos"; Empréstimo da SEE através do GGFD — 45 000 contos*.

Resumindo:

Subsídios à exploração — 34 000 contos; Subsídios reembolsáveis — 72 500 contos; Avales — 120 000 contos.

Entretanto, e atingidai esta situação, surge a Messa com dois projectos visando o seu equilíbrio económico e financeiro: um de produção de uma máquina semi-comercial eléctrica, modelo «Facit 1845», através de um acordo de transferência de tecnologia outro referente à produção de uma máquina portátil eléctrica de tecnologia Messa.

Estes projectos, em conjunto com outros pequenos de reestruturação do actual sector produtivo, envolvem investimentos da ordem dos 250 000 contos.

O primeiro projecto foi apresentado ao BFN, que levanta sérias dúvidas, na medida em que, não obstante a sua viabilidade objectiva, o acréscimo de vendas que através dele a Messa poderá obter ficará longe do necessário para atingir o ponto crítico das vendas globais.

O segundo projecto, apresentado à CGD, foi alvo de críticas por parte desta instituição, que, aceitando embora financiá-lo com o aval do Estado, põe o problema do mercado, que duvida seja suficiente para absorver a produção que a Messa se propõe atingir.

Foi, pois, neste contexto que o Estado se deparou com a proposta da empresa para elevação do capital para 500 000 contos, da seguinte forma:

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

(a) Através dc um reforço do financiamento CIFRE.

(b) Através da conversão de parte dos suprimentos decorrentes da entrada dos bens da massa falida.

Para além disto haveria ainda que conceder o aval para as operações de financiamento, e, mesmo assim, ficariam ainda por resolver os problemas imediatos de tesouraria da empresa.

Note-se que, para além da dificuldade de que se revestiria a obtenção do reforço do crédito CIFRE, a gestão da empresa, que tem estado praticamente entregue aos representantes da parte privada, tem revelado falhas inaceitáveis numa unidade desta dimensão, pelo que o aumento da participação privada, neste caso, implicaria graves riscos para os dinheiros do Estado envolvidos.

Assim, foi já por pressão do actual Governo que se obtiveram os pareceres da CGD e do BFN sobre a viabilidade dos investimentos em causa, dos quais dependeria, obviamente, qualquer posição de fundo que o Estado viesse a assumir no que respeita a apoios para o respectivo lançamento. Tais pareceres vierem a ser conhecidos apenas em meados de Setembro e meados de Novembro, respectivamente.

Atentos, pois, o conteúdo das respostas daquelas instituições de crédito, a não cobertura total das ne-

cessidades da empresa com a proposta apresentada, e atenta a experiência anterior, várias hipóteses foram estudadas para tentar encontrar uma solução de fundo que permitisse ultrapassar a desastrosa situação actual, atingida não só por um certo optimismo que presidiu à sua criação como ainda pelas deficiências de gestão que um só representante do Estado não foi capaz de evitar.

Após várias tentativas e contactos concluiu-se que, dadas as circunstâncias e a vocação do IPE, a melhor solução seria a de transferir a responsabilidade da gestão para esta entidade, recorrendo-se aos mecanismos legais em vigor destinados à recuperação de empresas em situações de manifesto desequilíbrio económico e financeiro, tanto mais que não só do ponto de vista económico como social se reconhece a importância da Messa na economia do nosso país.

(Sem data e sem assinatura.)

* Já na vigência do actual Governo.

PREÇO DESTE NÚMERO 28$00

IMPRENSA NACIONAL - CASA DA MOEDA