O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

2016

II SÉRIE — NÚMERO 59

ralação sanitária para uso dos trabalhadores, e instalado um sistema de rega. Em todas estas obras foram despendidos 200 contos em materiais e serviços. As despesas mais importantes são feitas com mão-de-obra, fornecida pelas mulheres em causa e outras, na cultura e manutenção; O viveiro encontra-se em pleno funcionamento. A sementeira de penisco foi efectuada na 2.3 quinzena de Maio próximo passado e presentemente a semente está a germinar normalmente;

e) O barracão de zinco deve ser um dos telheiros referidos na alínea anterior. Tem 22 mX X5,8m. Ê apoiado num muro de alvenaria pré-existente que o veda por nascente. O telhado, em chapas de zinco, apoia-se em vigas de madeira que, por sua vez, se apoiam em colunas do mesmo material produzido na serração dos serviços. É fechado, também com madeira, do lado norte, e completamente aberto dos lados sul e poente. É utilizado para guardar terra enxuta a utilizar, na época própria, no enchimento dos sacos de polietileno. A utilização de terra enxuta no enchimento dos sacos reduz o custo da operação, que é feita manualmente, em mais de 50 %;

/) As caixas foram feitas na carpintaria que os serviços possuem no talhão 214 do pinhal de Leiria (Pedreanes). São usadas para o transporte de sacos com terra dentro do viveiro e, principalmente, para o transporte de sacos com pinheiros dos viveiros para os locais de plantação;

g) O talhão de sementeira espontânea, que se afirma ter sido destruído após o que teria sido semeado não existindo agora lá nada, não é identificado, pelo que não se sabe a qual dos 342 talhões da mata de Leiria se referem. Todavia, de uma maneira geral, pode-se informar:

A sementeira espontânea, desde 1917, deixou de ser usada como forma de regeneração. As razões foram de ordem técnica e económica e não têm cabimento. Nunca se pôs fogo em qualquer talhão para o queimar na totalidade;

Tem sido, desde sempre, prática corrente de preparação de terreno para arborização a desmoita e a reunião em montes dos matos e despojos dos cortes e, em seguida, destruí-los pelo fogo;

li) Quanto ao consumo de tinta, informa-se que todos os anos a Administração Florestal do Engenho compra tinta não propriamente para pintar pinheiros, mas para marcar de forma indelével, como é necessário, as árvores que constituem provas de inventário e as que se encontram nos limites dos lotes para venda em que são divididos os talhões sujeitos a corte raso.

Em 1983 foram comprados 77 1 pela importância de 23 515$ e no ano corrente já foram comprados 23 1 por 8611$;

i) Relativamente à afirmação de que a madeira dos fogos só é vendida depois de estragada, esclarece-se:

Tem sido norma, desde que se manifestaram os grandes fogos (1979), vender as árvores mortas, com valor comercial, o mais depressa possível. É lógico que assim se proceda, pois qualquer leigo sabe que as árvores naquelas condições se deterioram com rapidez. E assim, tem sido proposto superiormente fazer as vendas em concurso particular com ou sem contrato escrito, de acordo com o valor dos produtos. O concurso público, de processo mais moroso, tem sido utilizado nos casos de grandes quantidades de produtos, como sucedeu em 1981, ano em que se registou o maior fogo de que há memória na mata de Leiria depois de 1824.

O processo de venda não se limita, no entanto, à elaboração de condições de venda, à sua aprovação pela Direcção-Ge-ral e a esperar que decorra o prazo legal para publicidade. Antes disso torna-se necessário fazer a avaliação do arvoredo, para o que é preciso medir o DAP de todas as árvores, a altura de 10 % delas c, com estes dados, calcular os seus volumes. Nos casos do arvoredo delgado e, portanto, de pequeno valor, têm-se obtido dados a partir dos inventários que se realizam de 5 em 5 anos.

Apesar de o número de guardas florestais, a quem cabe o trabalho de marcação e medição do arvoredo, ser muito inferior ao necessário para a execução dessa e de muitas outras tarefas que lhes competem, e da sua idade (na generalidade superior a 50 anos), as vendas têm sido feitas muito pouco tempo depois da ocorrência dos fogos.

Citam-se os seguintes exemplos:

Fogo de 21 de Agosto de 1979:

Número de árvores vendidas — 50 250;

Data da venda — 19 de Novembro de 1979;

Tempo decorrido do fogo à venda — 2 meses e 29 dias.

Fogo de 19 de Abril de 1980:

Número de árvores vendidas — 33 800;

Data da venda — 12 de Junho de 1980;

Tempo decorrido do fogo à venda — 1 mês e 23 dias.

Fogo de 19, 20, 21 e 24 de Julho de 1981:

Número de árvores vendidas — 197 180;

Data da venda — 21 e 29 de Outubro de 1981;