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11 DE MARÇO DE 1986

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afectará mais uns países que outros. E se os países produtores, normalmente grandes devedores, casos do México, Nigéria, etc, vêem as suas perspectivas de recuperação económica grandemente ameaçadas, os países importadores de petróleo beneficiarão de um crescimento industrial acelerado em função de um custo energético mais baixo.

Portugal está nesta situação, que, com a descida de câmbio do dólar, se revela extremamente favorável. A factura do petróleo baixará no corrente ano de 15 %, no entanto, a desvalorização contínua do escudo limita os efeitos benéficos decorrentes da descida do dólar, o que não acontece nos países que se integram no sistema monetário europeu.

4 — A dívida internacional e o sistema monetário internacional — Jeffrey Shafer.

Os países devedores dependem do desenvolvimento das suas exportações para poderem atender ao correspondente serviço da dívida.

Face às novas condições da economia mundial e à evolução do regime de juros financeiros, as negociações entre credores e devedores contribuirão, por certo, para a minimização em certo grau do problema da dívida internacional.

Reunião da Subcomissão para a Cooperação Económica

1 — Problemas, formas e perspectivas do desenvolvimento da cooperação — orador, o Sr. Helmut Führer.

Abordou os aspectos da cooperação possível com os países periféricos aos da OCDE.

2 — Assistência à Grécia, Portugal e Turquia — orador, o Sr. Rainer Rupp, da Directoria de Divisão Política da NATO.

2.1 —A questão da cooperação económica entre os países mais ricos e os países mais pobres da Aliança é uma preocupação do Secretário-Geral, o que tem sido referido em diferentes relatórios apresentados ao Conselho de Ministros da Aliança.

2.2 — Comparando os PNB dos países do pilar europeu da Aliança, constatamos que, ao invés de diminuir, a distância entre os graus de desenvolvimento dos países do Norte e do Sul se acentua. Isto mau-grado as boas intenções em termos de cooperação.

2.3 — Salientado que a via da cooperação industrial no domínio da defesa será uma boa solução. No entanto, nesta área, o principal problema é o financeiro, já que os países não compradores não têm normalmente acesso aos projectos de desenvolvimento.

Todavia, os benefícios em termos de transferência de tecnologia e do desenvolvimento industrial tornam determinante este tipo de cooperação.

2.4 — Defendida por mim a cooperação entre a indústria portuguesa de munições e a europeia.

Em 1978, o Ministro da Defesa de Portugal defendeu ;as potencialidades do nosso país nesse domínio; no entanto, os governos apenas poderão encorajar a cooperação, mas esta apenas poderá ter lugar pela via das joint-ventures entre as companhias que se inserem nas diferentes áreas de especialidade.

O Deputado do PS, José Lello.