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II SÉRIE — NÚMERO 9

o estado do processo e a viabilidade de satisfação da pretensão das autarquias locais.

Palácio de São Bento, 11 de Novembro de 1986. — O Deputado do CDS, António Gomes de Pinho.

Requerimento n.* 295/IV (2.*)

Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia da Repu-

Segundo o jornal Notícias do Entroncamento, de 24 de Outubro de 1986, os utilizadores do posto clínico começam a marcar vez a partir das 5 horas da manhã. Esta situação aponte certamente para a existência de carências naquele posto, pois não se compreende muito bem da necessidade de estar no posto com três horas de antecedência para se ser atendido. Com & chegada do tempo frio os doentes são obrigados a suportar além das suas dores as inclemências do tempo, como diz a aludida notícia, a qual junto em anexo.

Ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais em vigor, requeiro ao Governo, através do Ministério da Saúde, os seguintes esclarecimentos:

a) Se o Ministério tem conhecimento da situação acima descrita?

b) Per que motivo não são os doentes autorizados s franquear a porta do posto clínico a partir da sua abertura?

c) Qual o niotivo para que as pessoas tenham necessidade de se dirigirem ao aludido posto a partir das 5 horas da manhã?

Assembleia da República, 6 de Novembro de 3986. — O Deputado do PRD, Francisco Armando

Fernandes.

ANEXO

Posso Cureis© da Segurança Sócia! do Entroncamento

(Ume situação que urge modificar

Corro é do conhecimento geral, o serviço de atendimento permanentes funciona actualmente nas insta-Eações do posto clínico da Previdência, ininterruptamente nos fins-de-semana e das 20 horas às 8 horas nos restantes dias. Até aqui tudo bem, pois as populações continua a íer a assistência assegurada nos moldes de antigamente.

Embora à acergem do funcionamento do serviço, mas ligado à ocupação das instalações durante a noite, surge uma skuação algo estranha e por isso merecedora de atenção dos responsáveis. £ que, como vem acontecendo desde sempre, todos os dias se concentrara junto à enrrads daquele posto clínico de pes-

soas para marcar a sua vez, a fim de conseguirem uma consulta süavés de «desistência» ou de alguma vaga que ainda esteja por preencher no próprio dia. A maior parte chega cedo, pois só assim se vê possibilidade de obter uma consulta de grande necessidade, pois z doença não avisa e por isso não existe alternativa paar o utente. Assim, vêem-se ali pessoas a partir das 5 toras da mEXihã—o que poderá parecer exagero, mas s necessidade a isso obriga —, nàb r»»«>"dr« o seu

número de aumentar. Aqui está um exemplo das carências existentes no nosso pais, no campo da saúde.

Essas pessoas, além do sacrifício de se levantarem da cama a horas pouco próprias, estão sujeitas às inclemências do tempo, que se agravam na época invernosa que se avizinha. Em face da nova situação, os utentes interrogam-se: Por que não autorizam os beneficiários a esperar no interior do edifício, se ele está de serviço permanente?

A pergunta é, na realidade, bastante pertinente, dado que a priori não se vislumbra motivo de peso para que assim não aconteça. A situação é mais gritante e até acusa um misto de admiração e revolta quando, como recentemente aconteceu, depois de sair um doente já tratado se fecha com toda e sem-cerimónia a porta de entrada, continuando as pessoas na rua. É chocante!

£ bem certo que até aqui sempre se tem esperado cá fora, mas também é verdade que o posto se encontrava encerrado, só abrindo às 8 horas. No entanto, agora que existem possibilidades, há que aproveitá-las, proporcionando maior conforto aos beneficiários, muitos dos quais se arrastam para o local com dificuldade. Só quem alguma vez teve que ali permanecer no verno pode fazer ideia do sacrifício que se passa nas longas esperas a que se está sujeito, com o frio e a chuva a flagelar os corpos.

Compreendemos que o pessoal de serviço procure aproveitar os tempos mortos para descansar. Não está em causa. Ê justo, é humano'.

Parece-nos, todavia, que se a entrada fosse franqueada a partir das 6 horas ou 6 horas e 30 minutos já serviria a mior parte do público e, 80 que pensamos, sem prejuízo notório para a equipa em actividade.

£ um assunto para o qual chamamos a atenção das entidades competentes, na medida em que o acolhimento desta sugestão se nãos afigura justa e humana e viria beneficiar diariamente dszeass de pessoas, muitas das quais velhos e doentes.

É evidente que se conta com a compreensão © o civismo da população para não perturbar o serviço e terá de ser posta de parte qualquer exigência para que o médico de serviço consulte os desates,, pois ele está ali para atender os casos de ta-gência e o seu período de trabalho tenrúna às 8 horas.

Esperamos, confiantes, que este pzoHesaE seja resolvido sem demoro.

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

/. Chícharo.