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II SÉRIE — NÚMERO 37

debaterem a criação de um organismo de classe, com a possível designação de Associação da Imprensa Regional do Norte.

2.15.1.4 — Imprensa do Oeste

Representantes de onze jornais participaram no II Encontro da Imprensa do Oeste, que se realizou a 19 de Julho, nas Caldas da Rainha. O Encontro reafirmou a sua adesão às reivindicações formuladas em idêntica reunião efectuada na Póvoa de Varzim em Julho de 1979, designadamente institucionalização do porte pago para Portugal e estrangeiro, subsídio de papel e abolição do imposto sobre publicidade.

Os participantes decidiram também estudar a criação de um suplemento comum para divulgação do património cultural e turístico de cada uma das zonas representadas.

2.15.2 — Conflitos

2.15.2.1 — Diário de Coimbra

O sector gráfico do Diário de Coimbra decidiu efectuar uma greve progressiva a partir de 2 de Fevereiro por não estar a ser cumprido, na opinião dos dirigentes sindicais, o contrato colectivo de trabalho.

A propósito desta questão, a Associação da Imprensa Diária divulgou um esclarecimento, segundo o qual a greve não era correcta, «dado que o facto que a provocou — a não aplicação do CCT na empresa — ainda não foi discutido nas negociações para a imprensa de expressão regional.

Para o director do jornal, Adriano Lucas, a greve «teve fins políticos e a questão laboral foi uma forma diferente de atingir aqueles fins». A questão laboral, segundo o director do jornal, era «vazia de conteúdo». «Trata-se de uma portaria regulamentadora de trabalho», escrevia Adriano Lucas numa edição do jornal, «que estendeu à imprensa regional um contrato celebrado para a imprensa de expansão nacional de forma que a Associação da Imprensa Diária considerou ser ilegal e arbitrária».

2.15.2.2 — Diário da Madeira

O Diário da Madeira não se publicou a 7 de Março porque os tipógrafos se recusaram a compor um artigo da autoria do jornalista Teixeira de Jesus em que se teceriam críticas a um administrador não identificado.

2.15.2.3 — O Setubalense

As instalações de O Setubalense, que desde 1975 se encontravam ocupadas por alguns trabalhadores, que nelas passaram a publicar o Nova Vida, foram entregues ao antigo proprietário, que anunciou o propósito de reeditar o jornal.

2.15.2.4 — Diário Insular

Em Abril, o Diário Insular, de Angra do Heroísmo, deixou de publicar-se aos domingos devido a um conflito entre os gráficos e a empresa proprietária do matutino.

2.15.2.5 — Correio do Minho

O diário de Braga Correio do Minho interrompeu a sua publicação em 10 de Setembro para ser reequipado com uma impressora e duas máquinas de composição do extinto O Século.

No período de instalação das máquinas e de adaptação das instalações os tipógrafos frequentaram um curso de reciclagem oferecido ao jornal por um grupo de empresas gráficas de Braga. O sector redactorial procedeu nesse período a uma reestruturação da rede de correspondentes.

Pouco depois do reaparecimento do jornal os tipógrafos fizeram greve, a 15 de Outubro, pelo pagamento dos salários em atraso. Nova paralisação marcada para 21 de Novembro foi suspensa depois de a administração do jornal se ter comprometido a pagar os salários de Outubro.

2.15.2.6 — Imprensa de Viseu

Patrocinado pela Associação Pró-Viseu, realizou-se nos dias 20 e 21 de Setembro naquela cidade o I Encontro Regional de Comunicação Social, que debateu os problemas que o sector enfrenta naquela zona.

2.15.3 — Apoio à imprensa regional

A Câmara Municipal de Vila Real decidiu em Novembro apoiar o jornal A Voz de Trás-os-Montes para atenuar as dificuldades com que ele se debatia.

Também a Assembleia Distrital da Guarda apoiou o relançamento da revista Altitude, atribuindo-lhe uma verba de 200 contos. Altitude cessara a sua publicação há vários anos «por razões técnicas».

3 — Organizações internacionais 3.1 - UNESCO

3.1.1 — Sociedade de Imprensa rompe com UNESCO

Em Março a Sociedade Internacional de Imprensa, que agrupa proprietários e directores de mais de 1000 jornais do continente americano, reuniu-se em São José da Costa Rica e deliberou romper qualquer diálogo com a UNESCO e denunciar os projectos da organização, visando, segundo ela, definir normas internacionais para os media.

A Sociedade considerou que o projecto de criação pela UNESCO de um instituto internacional de imprensa representa uma ameaça para a liberdade de pensamento.

Segundo um relatório da mesma Sociedade, divulgado em Abril, a liberdade de imprensa estava a declinar em todo o mundo por culpa da UNESCO. O relatório indicava que a política desta instituição da ONU, onde pontificam países do Terceiro Mundo, favorece o controle governamental da imprensa. Acrescentava o relatório que os países do Terceiro Mundo se mobilizam neste campo contra as nações ocidentais, que fornecem a maior parte dos financiamentos da UNESCO.