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II SÉRIE-A —NÚMERO 1

de juro internas não poderá deixar de reflectir a credibilidade da política macroeconómica. Por outro lado, a hipótese assumida de moderação salarial não se pode desligar do sucesso do processo de concertação social.

As projecções para 1994 são apresentadas no quadro D.3.I.

QUADRO H.3.1

Indicadores económicos

 

1994

 

Previsto

Actividade real (taxas de crescimento):

 

PIB ...................................................................

' [1:2]

Diferencial face a média comunitária (em

P- P) ••••..........•;...............................•••••

[—0,2:0,5]

 

[1.75; 2.5]

FBCF...............................................................

[3;5;5]

Contribuição para a variação do PIB:

 

[—1.5; —2.25]

Preços (taxas de crescimento):

 

Deflator do PIB...............................................

4,3

 

4,7

Diferencial face a média comunitária (em

 

P- P.) ..................................;.................

1.0 '

Balança de pagamentos:

 

Saldo da B TC/PIB......................................

— 2

Sector público administrativo:

 

Saldo global (excluindo activos fuianceirosyPIB

—7,5

Economia internacional (taxas de crescimento real

 

do PIB) (a):

 

Estados Unidos da América............................

2,7

 

2,2

 
 

1.6

ia) Estes números sSo de fontes internacionais; sc houver um atraso na retorna, haverá lugar a uma revisão para baixo. . .

Fontes: FMI. MF e Grandes Opções do Plano para 1994.

O crescimento do consumo privado deverá ser ligeiramente superior ao de 1993, reflectindo um relançamento da confiança dos agentes económicos, sendo, todavia, inferior ao crescimento do rendimento real disponível, uma vez que a taxa de poupança das famílias deverá registar alguma quebra, em linha com a melhoria das expectativas e seguindo a tendência já registada no passado recente.

O consumo público registará um crescimento real de 0,5 % na sequência do esforço de contenção das despesas públicas e de racionalização e reestruturação da Administração Pública.

O crescimento real da formação bruta de capital fixo deverá aumentar significativamente face a 1993. Para este resultado deverão contribuir a melhoria das expectativas dos empresários sobre o crescimento económico — em conformidade com a evolução mais favorável antevista para a economia comunitária e para o comércio internacional; o esforço de reconversão industrial; a continuação da desaceleração dos custos salariais e de financiamento no contexto das hipóteses acima referidas; a maior facilidade de acesso ao financiamento; o aumento do esforço de investimento, público no contexto da aplicação do novo

quadro comunitário de apoio. Por sua vez, a credibilização do processo de convergência nominal, num contexto de estabilidade cambial, conduzirá a uma evolução mais estável dos custos e rendimentos nominais, propiciando as decisões de investimento. O mesmo se diga de alguns benefícios fiscais ao investimento que têm sido debatidos em sede de concertação social.

O crescimento real das exportações será substancialmente maior que o verificado em 1993, fundamentalmente em resultado da recuperação da actividade económica nos nossos principais parceiros comerciais. Por outro lado, é de esperar uma aceleração das importações em função da retoma do consumo e investimento privados.

O comportamento das exportações e importações reflectir--se-á numa ligeira deterioração da balança de bens e serviços. O desequilíbrio da BTC, medido em percentagem do PIB, agravar-se-á em quase 1 ponto percentual.

O deflator do consumo privado deverá desacelerar significativamente. A taxa de inflação, medida pela variação média anual do índice de preços no consumidor, deverá situar-se entre os 4 % e os 5,5 %, sustentando o processo de convergência nominal.

Nas condições do cenário base atrás descritas, o crescimento real da economia portuguesa poderá atingir o ponto médio do intervalo indicado no quadro n.3.1. No entanto, caso se verifiquem ganhos de quota de mercado das exportações portuguesas num cenário de relançamento da economia comunitária, o crescimento real poderá aproximar--se do extremo superior do intervalo indicado, na medida em que aos valores mais elevados para a procura externa não correspondam os valores mais desfavoráveis do contributo da balança de bens é serviços.

Estes resultados dependem crucialmente do sucesso do processo de moderação salarial e de evolução das taxas de juro (v. quadro n.3.2). Admitindo o crescimento da procura externa a 3 %, no caso de menor contenção salarial e de redução mitigada das taxas de juro em 1994, o desempenho dá economia portuguesa para- esse ano será fortemente afectado, em virtude, fundamentalmente, de uma menor dinâmica do investimento e de substancialmente menores ganhos de competitividade das empresas nacionais no contexto comunitário. Concretamente, são de esperar quebras, face ao cenário base, de 0,8 ponto percentual da taxa de crescimento do PIB e de cerca de 2,1 pontos percentuais da taxa de crescimento da formação bruta de capital fixo real. O crescimento do emprego também será neste caso penalizado em cerca de 0,6 ponto percentual.

QUADROU.3.2 ' Primeiras diferenças face ao cenário base

; (Em pontos percentual»)

 

Percentagem

Moderar; Bo

solaria, e financeiro

PIB

Emprego

Investimento

Crescimento da pro-.

3

Não Sim

— 0,8 0.0

— 0.6 0.0

— 2,1 0,0 '

0

.Não Sim

— 1.0

— 0.2

— 0.8

— 0.1

— 2,2

— 1.1

'Por outro lado, e tal como se referiu, as perspectivas de crescimento para 1994 dependem crucialmente da atempada verificação da retoma na economia comunitária e da taxa de crescimento das trocas internacionais. Num cenário de estagnação da procura externa dirigida às exportações nacionais, antecipa-se uma menor dinâmica de crescimento para a economia portuguesa. Nessas condições, e no caso