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II SÉRIE-A — NÚMERO 23

actividade económica menor do que a inicialmente prevista (quadro Q.1.5).

Para a redução do desemprego estrutural, que ainda se encontra em níveis bastante elevados, o Conselho Europeu de Madrid reiterou a necessidade de se assegurar; um crescimento económico criador de emprego e convidou os Estados-membros a continuar a aplicar políticas convergentes com as grandes orientações de política económica comuns. Reiterou ainda a necessidade de prosseguir as reformas estruturais já iniciadas ou que aguardam execução, a fim de eliminar os factores de rigidez existentes e conseguir um melhor funcionamento do mercado de trabalho nos sectores dos produtos e dos serviços '.

A inflação, medida pela variação do deflator do consumo privado, reduziu-se, atingindo, de acordo com as estimativas da Comissão Europeia, 3,1 % em 1995. Para este desempenho terá contribuído a manutenção do produto abaixo do seu nível potencial, o crescimento moderado dòs salários nominais, o crescimento dos salários reais abaixo do crescimento da produtividade e a desaceleração do preço das matérias-primas, na primeira metade de 1995.

Relativamente aos indicadores orçamentais, a Comissão estima que em 1995 o saldo do Sector Público Administrativo em percentagem do Produto Interno Bruto para o conjunto dos Estados-membros da União Europeia se situe em — 4,75 %. Após o elevado valor verificado em 1993, este saldo tem vindo a reduzir-se, embora ainda esteja distante do valor de referência de 3 Contrariamente, a dívida pública tem apresentado uma tendência crescente, estimando-se que o seu valor se tenha situado em 71,2% do Produto Interno Bruto comunitário em 1995.

O excedente da balança de transacções correntes deverá ter crescido em 1995. Tal ficou a dever-se, principalmente, a um grande excedente comercial (cerca de 1,7 % do Produto Interno Bruto comunitário), suportado por um forte crescimento das exportações e por um crescimento mais moderado das importações (quadro 0.1.5).

Quadro D.1.5 — União Europeia: Indicadores Económicos

(Taxas de variaçOo em volume)

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

Fonte: Comissüo Europeia, Economic Forecasts, Outono 1995. (1) Previsões.

(a) Em percentagem da população activa. (¿1) Deflator do consumo privado.

11.2—A Economia Portuguesa

Estima-se que em 1995 a economia portuguesa tenha crescido 2,5 %, após ter apresentado um crescimento de

'CadusBesdaPfesidíriciaCcnseD»

apenas 0,9 % no ano anterior (em 1993 o crescimento do Produto foi negativo).

Verificou-se, assim, e pelo terceiro ano consecutivo, um crescimento inferior ao da média comunitária que, em 1995, foi de 2,7 %. Tal como em 1994, as exportações e o investimento foram as componentes da despesa com maior dinamismo. Por sua vez, o comportamento mais dinâmico da procura interna induziu um crescimento das importações superior ao do ano anterior.

O consumo privado registou um crescimento moderado, sendo a última componente da procura interna a recuperar da recessão. O investimento em máquinas cresceu consideravelmente, o que contribuiu para o agravamento do défice da balança de transacções correntes. No entanto, a taxa de crescimento real das exportações continuou superior à taxa de crescimento das importações, verificando-se novos ganhos de quotas de mercado. As estimativas disponíveis sugerem que, em 1995, se tenha registado um agravamento do défice da balança de transacções correntes.

O sector produtivo, designadamente a Indústria Transformadora, registou taxas de crescimento positivas na primeira metade do ano, ressentindo-se, no segundo semestre, de algum abrandamento da procura externa.

Apesar do crescimento da actividade produtiva, a taxa de desemprego sofreu um agravamento, tendo-se situado em 7,2 %, em média anual. Por sua vez, o emprego total diminuiu de 0,6 % no ano.

A inflação portuguesa continuou a convergir para os valores médios da inflação comunitária. A taxa de variação média anual do índice de preços no consumidor foi de 4,1 %, enquanto a média comunitária situou-se em 3 %.

Relativamente às contas do Sector Público Administrativo destaca-se o défice de 6,9 % atingido em 1993. Nos anos seguintes o esforço de consolidação orçamental traduziu-se na redução do défice do Sector Público Administrativo de 5,7 % do Produto Interno Bruto em 1994, para apenas 5,2 % do Produto Interno Bruto em 1995. Ou seja, em dois anos, o défice do Sector Público Administrativo apenas se reduziu em 1,2 pontos percentuais (0,5 pontos percentuais em 1995).

11.2.1 — Produção

Após o ano recessivo de 1993, a recuperação da actividade industrial iniciou-se, em 1994, com uma resposta favorável dos sectores exportadores ao aumento da procura extema. Seguiu-se a recuperação dos sectores fornecedores de bens de investimento (com predomínio para a construção) • e, por último, já no início de 1995, a das indústrias de bens de consumo.

No primeiro semestre de 1995, registaram-se taxas de crescimento positivas na generalidade dos sectores industriais (com excepção do sector extractivo que evidenciou um comportamento negativo). Seguiu-se depois um período de crescimento menos intenso, sobretudo dos sectores exportadores, que deverá ser explicado pelo abrandamento generalizado da actividade económica externa.

Em 1995, a taxa de utilização da capacidade produtiva para os principais sectores industriais cobertos pelo inquérito mensal de conjuntura à indústria transformadora, efectuado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), apresentou valores superiores aos registados para os meses homólogos de 1994.