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II SÉRIE-A — NÚMERO 23

O indicador da área de construção licenciada registou, em 1995, uma diminuição que se estima tenha sido inferior a 10 %. Para esta evolução, a componente relativa à área de construção residencial apresentou um maior contributo que o da área não residencial. Não obstante, o volume acumulado dos empréstimos contratados para a aquisição de casa própria aumentou no terceiro trimestre

de 1995, face a igual período de 1994, 16 % para o regime geral e 34 % para o crédito bonificado.

Contrariamente ao que acontecera em 1994, em que o valor das obras públicas concluídas descera fortemente face ao ano anterior, não funcionando assim como um elemento de ajuda à recuperação económica, em 1995 foram concluídas obras públicas com um valor acumulado que, para o final do ano, se estima ser de cerca de 36 % superior ao valor das obras concluídas em 1994.

Gráfico II.2.2.2.1 — Valor das Obras Públicas Realizadas

(Taxas de variação homólogas em percentagem)

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

Fonte: AMEOP.

A procura de bens de equipamento, no seu conjunto, apresentou um crescimento superior ao de 1994. De facto, excluindo a quebra evidenciada pelas vendas de veículos comerciais ligeiros, justificada pela antecipação, em finais de 1994, de um grande volume de aquisições, devido ao anunciado agravamento fiscal sobre aqueles veículos, os restantes indicadores disponíveis evidenciam uma recuperação.

Gráfico n^2.2.2 — Bens de Equipamento

(Taxas de varíaçSo homólogas em percentagem -

• Maquinas)

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

Fontes: ACAP; Direcçao-Geral do Comércio e Instituto Nacional de

Estatística.

As vendas de veículos comerciais pesados, incentivadas pelas medidas de apoio financeiro público ao sector, apresentaram uma variação acumulada positiva de quase 6 % em 1995, contrariando a tendência recessiva verificada nos anos anteriores e a importação de bens de equipamento, excluindo material de transporte, registou um

aumento (em termos nominais) de cerca de 17 %, em termos acumulados, nos primeiros 9 meses de 1995, face a idêntico período do ano anterior.

0.2.2J — Contas Externas

Em 1995, assistiu-se a um aumento do défice da balança

de transacções correntes, devido fundamentalmente ao maior dinamismo das importações de bens e serviços. Esta evolução das importações teve, contudo, em paralelo um comportamento muito favorável do sector exportador, que continuou a ganhar quotas de mercado em 1995.

De salientar também o comportamento favorável das transferências públicas em relação a 1994, em que se verificou algum atraso no recebimento de fundos comunitários respeitantes ao 2.° Quadro Comunitário de Apoio. Pelo contrário, as remessas dos emigrantes portugueses continuaram, em 1995, o movimento descendente iniciado em 1991 e apenas interrompido em 1993. A balança de rendimentos registou um défice de 87,4 milhões de contos nos primeiros 11 meses do ano.

A balança de capitais não monetários registou em 1995 um comportamento mais favorável do que o registado no ano anterior, em que se registaram maiores saídas de capitais.

O investimento externo em obrigações portuguesas registou um forte acréscimo e observou-se uma significativa redução das aplicações líquidas de residentes não bancários em depósitos no exterior. No período de Janeiro a Novembro de 1995 aqueles cifraram-se em 144 milhões de contos contra 461 milhões de contos em igual período de 1994.

De salientar também o fortíssimo acréscimo do investimento nacional em obrigações de outros países, indiciador de uma crescente integração dos mercados financeiros à escala europeia e mundial.

No final de 1995, as reservas oficiais líquidas, excluindo flutuações cambiais e com o ouro avaliado a preços de mercado, assumiam o montante de 3 283 milhões de contos, menos 34 milhões de contos do que o seu valor no fim de 1994 (ano em que desceram de 3 852 milhões de contos para 3 392 milhões de contos).

11.2.3 — Preços, Salários, Concertação Social e Emprego II.2J.1 — Preços

Nos últimos cinco anos a taxa de crescimento do índice de preços no consumidor diminuiu progressivamente, convergindo, assim, a inflação portuguesa para os valores médios da inflação comunitária.

Quadro 1X2.3.1.1 — índice de Preços no Consumidor

(Taxas de vahaçao anual)

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

Fontes: Instituto Nacional de Estatística, EUROSTAT. •

O gráfico 11.2.3.1.1 mostra a evolução dos diferenciais da inflação portuguesa (variação homóloga mensal e variação homóloga acumulada dos últimos 12 meses do índice de Preços no Consumidor) relativamente ao conjunto da União Europeia.