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16 DE OUTUBRO DE 1996

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Incêndios florestais nas áreas protegidas

Desde sempre que o fogo está directamente associado à floresta, como factor ecológico natural, responsável pela manutenção da diversidade biológica, da selecção e evolução das espécies, bem como de diversos outros aspectos, salientando-se a composição e estrutura dos povoamentos florestais.

Um dos efeitos sobre o solo mais conhecidos é a velocidade de mineralização de substâncias orgânicas, que se perdem por volatilização ou por lavagem de nutrientes, designadamente através de elevadas perdas de azoto.

A ocorrência de um incêndio florestal poderá resultar na alteração do regime hidrológico (maior escorrimento superficial) e intensificação do processo erosivo.

No que diz respeito aos efeitos sobre a fauna, com o desaparecimento do coberto vegetal, em incêndios de grandes dimensões, constata-se a morte e desaparecimento de grande parte da fauna, dado não existirem condições de abrigo e de alimentação para a maioria das espécies.

Se se tratar de fogos com uma ocorrência suficientemente espaçada, a regeneração natural comporta-se bastante bem, de modo a permitir o início da cadeia de colonizadores, pelo que a situação não poderá ser considerada irreversível, nem tão-pouco negativa. Contudo, face à frequência com que determinados incêndios

ocorrem, não são criadas as condições essenciais para que se restabeleça uma situação de equilíbrio.

Relativamente aos efeitos sobre a vegetação, se não se for suficientemente rápido na intervenção a ser feita nas áreas ardidas, em associação com o elevado número de aves mortas, quase sempre surgem ataques de pragas e doenças.

A recuperação dessas áreas depende entre outros factores do carácter de regeneração das espécies, per si, ou seja, a faculdade de se regenerarem naturalmente.

Outros casos existem, como, por exemplo, o maquis mediterrânico, em que a passagem de um fogo florestal poderá beneficiar a regeneração natural.

Fogos florestais nas áreas protegidas durante o ano de 1995

Nas áreas protegidas, durante o ano de 1995, de acordo com os elementos disponíveis, verifica-se que a área total ardida é 7202 ha, a que correspondem 272 incêndios, sendo o ano que apresenta a maior área queimada desde 1992.

De acordo com os elementos disponíveis, a AP que teve maior área afectada por fogos foi o Parque Natural da Serra da Estrela, com cerca de 5000 ha. Esta área é a que apresenta até 1995 a maior área ardida em termos absolutos, correspondendo a cerca de 23% da sua área total.

Fogos Florestais nas Areas Protegidas

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Reserva Ecológica Nacional

<• A Reserva Ecológica Nacional (REN) foi criada em 1983 (Decreto-Lei n.° 321/83) com a finalidade de possibilitar a exploração dos recursos e a utilização do território com a salvaguarda de determinadas funções e potencialidades, de que dependem o equilíbrio ecológico e a estrutura biofísica das regiões, bem como a permanência de muitos dos seus ^a/ores económicos, sociais e culturais.

A aprovação de delimitação da REN no território nacional justifica-se por uma necessária coordenação da política de ordenamento do território com outras políticas de interesse nacional. A Comissão Nacional da Reserva Ecológica Nacional (CNREN) tem a seu cargo a emissão dos pareceres sobre áreas a integrar e a excluir da REN.