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II SÉRIE-A — NÚMERO 2

Esses desafios, diferentee na especialidade quando se

pensa na Indústria, no Comércio, no Turismo ou na Agricultura e Florestas, no entanto, têm traços e desencadeiam exigências semelhantes nesses diversos sectores. Assim, basta recordar:

• o necessário reforço da capacidade concorrencial em mercado aberto por parte das actividades onde os

empresários acumularam maiores competências e

onde as estruturas empresariais são mais dinâmicas, envolvendo uma presença mais agressiva nos mercados externos, quer seja por via da presença comercial quer, cada vez mais, combinando esta com uma presença pelo investimento, na distribuição ou na produção;

• a importância crescente dos «factores imateriais» de competitividade, quer os que respeitam à qualificação dos recursos humanos, à capacidade de gestão, ao esforço de investigação, desenvolvimento e inovação, à qualidade das estruturas de comercialização que permitam antecipar e responder com rapidez e qualidade às tendências de mercado, etc;

• a importância do reforço da cooperação e divisão de trabalho entre empresas dos mesmos sectores e de sectores afins, numa lógica de «clusterização» que permita desenvolver plenamente algumas das externai idades que favoreçam a competitividade das empresas que neles se vão inserindo;

• a necessidade de criar condições de atracüvidade para que se instalem e desenvolvam no país novas actividades com forte procura no mercado europeu e mundial, e que de preferência exerçam um papel dinamizador sobre o tecido de PME da indústria e dos serviços;

• a importância das cadeias de distribuição como vectores de penetração em mercados externos, em paralelo com a necessidade de modernização das PME na área do comércio, para responder a uma procura mais exigente e sofisticada, quer de residentes quer de um número que se pretende crescente de turistas com maior poder aquisitivo

• a necessidade de articular actividades mais expostas à concorrência internacional com actividades que dela estão naturalmente mais protegidas, utilizando a dinâmica destas últimas como um importante volante de ajustamento de emprego.

AGRICULTURA, SILVICULTURA E PESCAS Enquadramento e Avaliação

ACTIVIDADE AGRÍCOLA

A actividade agrícola em 1996 manteve, no geral, a evolução que estava a verificar desde 1994: um crescimento positivo do VABpm, acima do conjunto da Economia correspondendo em 1996 a um crescimento em termos reais de 7,8 %:

— o índice de preços no VABpm cresceu 2.2% em 1996, abaixo, portanto, da média da economia nacional;

— a produtividade do trabalho, medido pelo índice VABpmAJTA cresceu 10.3 % em 1996, aumentando o ritmo de acréscimo da produtividade do trabalho que se tem verificado ao longo desta década;

— o rendimento real líquido do sector agrícola (medido através do VAL UTA em termos reais) cresceu, em 1996, em 11.5%, mantendo um processo de crescimento sustentado que se iniciou em 1994;

— no que respeita à troca externa, o nosso país continua muito dependente das importações de produtos agrícolas primários, tendo, no entanto, melhorado o grau de cobertura em 3.7 % em 1996: embora o grau de cobertura dos produtos alimentares se situe a um nível de 35 %, o grau de auto-aprovisionamen-to da produção alimentar aüngiu 87 % em 1996, tendo verificado melhorias desde os anos anteriores.

ACTIVIDADE FLORESTAL

— A produção florestal tem demonstrado níveis de relativa estagnação, com decréscimo na produção de bens lenhosos de Pinheiro Bravo e algum acréscimo no Eucalipto. A cortiça apresenta um valor de produção estável, verificando-se um decréscimo significativo no que respeita à resina. De notar a importância crescente da actividade cinegética que está associada à ocupação do espaço florestal. Há a destacar:

— os preços mundiais apresentaram uma relativa estabilização, embora se tenha verificado alguma recuperação da procura na UE;

— a produção primária de produção florestal (madeira, cortiça e resina) mantém-se deficitária no que respeita às trocas externas e a taxa de cobertura foi mesmo agravada em cerca de 25 % (os valores das importações e exportações da produção primaria florestal são, em todo o caso, muito baixas;

— a troca externa de produtos florestais transformados (madeira, cortiça, pasta de papel, papel e cartão), embora muito superavitária e demonstrando um grau de cobertura muito elevado, deteriorou-se no ano de 1996 em 9.5 %;

— considerando o Complexo de Produção Agro-Florestal (incluindo a produção primária e a de produtos transformados da floresta), verifica-se a manutenção de um grau de cobertura elevado, que em 1996 se situava em 162 %.

ACTIVIDADE DAS PESCAS

A actividade das pescas baseia-se na exploração de recursos existentes em águas nacionais e na exploração dos recursos em águas internacionais e de países terceiros, mantendo o'ano de 1996 uma tendência que vem dos anos anteriores:

— a produção de pescado verificou um decréscimo de 2 % relativamente ao ano de 1995, devido principalmente às quebras resultantes dos pesqueiros externos;

— a produção de pescado com origem em águas nacionais mostrou estabilidade não tendo, portanto, capacidade de compensar a perca da produção dos pesqueiros externos;

— aumento da produção da aquicultura (19% etitce 1990-96) com origem quer em águas salgadas, quer em águas salobras;