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30 DE OUTUBRO DE 1997

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como a diluição do impacte das exportações da Auto-Europa, estimando-se um crescimento real de 9% e 8,2%, respectivamente.

A recuperação da actividade industrial também reflectiu o andamento favorável evidenciado pela procura externa ao longo de 1997.

Relativamente ao emprego, no ano de 1997 manteve-se a tendência positiva de crescimento em termos homólogos (1,7% nos três primeiros trimestres), verificando-se que, em termos sectoriais, foram os sectores primário (crescimento de 11,6%) e secundário, com particular destaque para o crescimento de 12,8% em termos homólogos do emprego na construção, que tiveram o principal contributo para o crescimento registado no emprego, uma vez que o contributo do sector terciário foi ligeiramente negativo.

Nos três primeiros trimestres de 1997 verificou-se um decréscimo da taxa de desemprego, atingindo no final do período um' valor de 6,7%, comparativamente com 7,1% no 3.° trimestre de 1996. No que se refere à evolução salarial, aponta-se para aumentos nominais de 3,5% ao longo de 1997, permitindo ganhos reais na ordem de 1,4%.

A inflação prosseguiu a trajectória descendente que tem vindo a verificar-se nos últimos anos, para a qual contribuíram de forma determinante a estabilidade cambial do escudo, a moderação salarial e o comportamento não inflac-cionista da procura. Prevê-se que no final do ano a taxa média se situe abaixo do limite inferior do intervalo de 2,25% a 2,5% objectivo expresso no Orçamento para 1997.

O processo de desinflação verificado em Portugal permitiu que em 1997 prosseguisse a redução do diferencial em • relação à média dos três países da União Europeia com menores taxas de inflação (1,2% em Agosto passado).

No que concerne à política cambial e monetária, o ano de 1997 tem sido caracterizado pela ausência de tensões nos mercados cambiais da Europa, verificando-se que o escudo se manteve praticamente inalterado face ao marco.

A estabilidade cambial, a redução do diferencial de inflação face aos padrões comunitários e o processo de consolidação orçamental contribuíram para a redução das taxas de juro de intervenção do Banco de Portugal. A tendência de redução verificou-se em especial nas taxas de juro de curto prazo, mas observou-se, globalmente, uma diminuição do diferencial entre as taxas de juro de longo prazo portuguesas e as dos principais parceiros económicos.

Quanto ao peso da dívida pública consolidada no produto, calculada segundo a metodologia preconizada pelo EUROSTAT, regista-se uma diminuição de 1,6% em relação a 1996.

11.2 —Cenário macroeconómico para 1998

Para 1998 prevê-se que a economia portuguesa continue a expandir-se (crescimento do PIB de 3,8%) a um ritmo superior ao da média comunitária.

Segundo o Governo, a política macroeconómica será conduzida no sentido da estabilidade cambial, dos preços e da disciplina orçamental conforme o estabelecido no Programa de Convergência, Estabilidade e Crescimento, devendo confirmar-se as projecções da Comissão Europeia que mostram que Portugal consegue cumprir estritamente todos os critérios para a passagem à 3." fase da UEM.

Assim, o cenário macroeconómico traçado para 1998 apresenta como pressupostos a continuação do processo de desinflação, moderação salarial, consolidação orçamental e prossecução da política económica orientada para a estabilidade.

A manutenção da taxa de inflação em níveis baixos deverá resultar do crescimento não inflacionista da procura baseado no aumento do investimento e das exportações.

Prevê-se que as exportações registem uma aceleração em 1998, em resultado da expansão dos mercados externos e do efeito decorrente da EXPO 98.

As previsões constantes do relatório do Orçamento do Estado para a economia portuguesa são sinteticamente as seguintes:

QUADRO l Cenário macroeconómico

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11.3 — Orçamento do Estado para 1998

Despesas do Estado para 1998 — Classificação económica

(Em milhões de contos)

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